Introdução.

No ensino, a comparação de duas situações que compartilham uma estrutura relacional semelhante é frequentemente usada como ferramenta. Esse recurso é denominado raciocínio analógico e tem sido amplamente estudado, embora o conhecimento sobre ele não seja sistematizado.

Objetivo.

Realizar uma revisão dos artigos empíricos referentes ao ensino por analogias e, especificamente, investigar os resultados quanto à sua eficácia.

Metodologia.

Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática seguindo o método PRISMA-NMA. foram utilizadas as bases de dados Dialnet, DOAJ, Pubmed e ScienceDirect, introduzindo os termos de busca “analógico raciocínio” + “ensino” e “analógico pensamento” + “ensino”, em espanhol e inglês. Após a aplicação dos critérios de inclusão/exclusão, foram obtidos 19 artigos que continham um total de 24 elementos amostrais.

Resultados.

Constatou-se que esses trabalhos referem-se com maior frequência ao nível superior e as ciências exatas. Além disso, o principal uso dado às analogias foi o ensino de um conceito novo. As analogias utilizadas foram fornecidas pelos pesquisadores, principalmente, e os análogos e seus pontos de comparação foram explicitamente declarados.

Discussão.

A maioria dos estudos foi positiva, sugerindo que as analogias são um recurso de ensino útil. Chama a atenção que, ao contrário do que sugerem os especialistas, a origem dos análogos e o grau de explicitação da analogia não parecem afetar sua eficácia. Outros usos menos estudados das analogias e seu uso em outros níveis de ensino e áreas disciplinares são encontrados como áreas de vacância.