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Enfermería Actual de Costa Rica

On-line version ISSN 1409-4568Print version ISSN 1409-4568

Enfermería Actual de Costa Rica  n.43 San José Jul./Dec. 2022

http://dx.doi.org/10.15517/enferm.actual.cr.v0i43.46049 

Artículo Original

Competencia de la persona profesional de enfermería en la unidad de trauma

Competência profissional do enfermeiro na unidade de trauma

Professional competence of nurses in the trauma unit

Rebeca Cavalcanti Leal1 
http://orcid.org/0000-0003-0161-6918

Ana Carla Silva Alexandre2 
http://orcid.org/0000-0002-5754-1778

Dayanne Caroline de Assis Silva3 
http://orcid.org/0000-0003-4077-832X

Deisyane Naiady Oliveira de Farias4 
http://orcid.org/0000-0003-1031-0945

Nelson Miguel Galindo Neto5 
http://orcid.org/0000-0002-7003-165X

Lúcia Raiza Feitosa Alves de Oliveira6 
http://orcid.org/0000-0002-1770-0818

1Enfermeira, Especialista em Emergência Geral, Hospital Regional do Agreste - Caruaru, Caruaru, PE, Brasil, ORCID: 0000-0003-0161-6918

2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Pesqueira, PE, Brasil, ORCID: 0000-0002-5754-1778

3 Enfermeira, Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Vitória de Santo Antão, PE, Brasil, ORCID: 0000-0003-4077-832X

4 Enfermeira, Especialista em Urgência e Emergência, Hospital Regional do Agreste - Caruaru, Caruaru, PE, Brasil, ORCID: 0000-0003-1031-0945

5 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem, Docente do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Pesqueira, PE, Brasil, ORCID: 0000-0002-7003-165X

6 Enfermeira, Especialista em Enfermagem Cirúrgica, Hospital Alberto Urquiza Wanderley, João Pessoa, PB, Brasil, ORCID: 0000-0002-1770-0818

RESUMEN

Objetivo:

Analizar la competencia profesional del personal de enfermería en la unidad de trauma.

Metodología:

Investigación cuantitativa, descriptiva y transversal, que fue desarrollada con 47 profesionales de enfermería. Este grupo se desempeñaba en cuatro sectores de riesgo de la unidad de trauma de un hospital público en el noreste de Brasil. Se aplicó un cuestionario validado sobre la competencia profesional del personal de enfermería en emergencias, compuesto por módulos y dominios, entre ellos variables sociodemográficas, formación profesional, caso ficticio y autoevaluación de las acciones diarias correspondientes a la realidad laboral. La recolección de datos se realizó de julio a septiembre de 2019. Para el análisis de datos, se utilizó estadística descriptiva, el software SPSS y la prueba de chi-cuadrado. Para verificar la significancia, se adoptó un valor de p<0.05.

Resultados:

Se observó que la mayoría de personas participantes eran del sexo femenino, especialistas y tenían más de una relación laboral. En cuanto a los dominios ''relaciones de trabajo'' y ''práctica profesional'', las personas participantes se autoevaluaron como ''muy competentes'' o ''extremadamente competentes'' en todas las acciones que retratan la realidad de trabajo en que están insertas. En el dominio ''excelencia profesional'', la acción ''participa periódicamente en simulación realista en emergencias'' fue la única evaluada como ''poco competente''. En el caso ficticio, en las tres declaraciones, más de la mitad de las personas participantes calificó el comportamiento de la persona profesional en enfermería como ''extremadamente competente'', ''muy competente'' o ''competente''.

Conclusión:

La mayoría de profesionales en enfermería no juzgaron correctamente las acciones realizadas por la persona enfermera en el caso ficticio, aunque se autoevaluaron como competentes en las acciones que realizan diariamente. Por lo tanto, el estudio plantea la necesidad de que el servicio invierta en educación permanente vinculada al compromiso profesional para garantizar una atención de alta calidad.

Palabras claves: Competencia-profesional; Enfermería; Enfermería-de-urgencia; Evaluación-del-rendimiento-de-empleados; Gestión-de-la-práctica-profesional.

RESUMO

Objetivo:

Analisar a competência profissional do enfermeiro na unidade de trauma.

Metodologia:

Pesquisa quantitativa, descritiva e transversal, desenvolvida com 47 enfermeiros que atuavam em quatro setores da unidade de trauma do hospital público no nordeste brasileiro. Aplicou-se questionário validado sobre a competência profissional do enfermeiro em emergências composto por variáveis sociodemográficas, de formação profissional, um caso fictício e autoavaliação das ações diárias correspondente à realidade do trabalho. A coleta de dados foi realizada nos meses de julho a setembro de 2019. Para análise dos dados, utilizou estatísticas descritivas, o software SPSS e teste do qui-quadrado, para verificar significância adotou-se valor de p<0,05.

Resultados:

Observou-se que a maioria dos enfermeiros eram do sexo feminino, especialistas e possuíam mais de um vínculo empregatício. Referente aos domínios ''Relações de Trabalho'' e ''Prática Profissional'', os enfermeiros se autoavaliaram como ''muito competente'' ou ''extremamente competente'' em todas as ações que retratam a realidade de trabalho na qual estavam inseridos. No domínio ''Excelência profissional'' a ação ''Participa de simulação realística em emergências periodicamente'' foi a única avaliada como ''pouco competente''. No caso fictício, nas três afirmativas, mais da metade dos enfermeiros julgaram como ''extremamente competente'', ''muito competente'' ou ''competente'' a conduta do enfermeiro no caso.

Conclusão:

A maioria dos enfermeiros não julgaram corretamente as ações realizadas pelo enfermeiro no caso fictício, mesmo se autoavaliando como competentes nas ações que desempenham diariamente. Sendo assim, o estudo levanta a necessidade do serviço de investir em educação permanente atrelado ao empenho profissional para garantir cuidados de alta qualidade.

Palavras chave: Avaliação-de-desempenho-profissional; Competência-profissional; Enfermagem; Enfermagem-em-emergência; Gerenciamento-da-prática-profissional

ABSTRACT

Aim:

To analyze the professional competence of nurses in trauma units.

Methods:

This was a quantitative, descriptive and cross-sectional study developed with 47 nurses who work in four areas of the trauma unit of a public hospital in the Northeast of Brazil. A validated Likert Scale questionnaire was applied to evaluate the professional competence of nurses during emergencies; this scale included sociodemographic variables, professional training, a fictitious case, and a self-assessment of daily activities related to the reality of work. The data collection was carried out from July to September 2019. To analyze the data, the researchers employed descriptive statistics or the SPSS software and a qui-square test to verify the significance using a p value of <0.05.

Results:

It was observed that the majority of the nurses were female specialists who had more than one employment relationship. Regarding the domains ''Work Relations'' and ''Professional Practice'', the nurses assessed themselves as ''highly competent'' or ''extremely competent'' in all the actions that portray the reality of work in which they are immersed. In the ''Professional Excellence'' domain, the action ''periodically participates in realistic simulation in emergencies'' was the only one evaluated as ''little competent''. In the fictitious case, across all three statements, more than half of the nurses rated the nurse's behavior in the case as ''extremely competent'', ''very competent'', or ''competent''.

Conclusion:

Most of the nurses do not correctly judge the actions performed by the nurse in a fictitious case, even when they self-assess themselves as competent in the actions they perform daily. The study also raises the need for the service to invest in permanent professional training endeavor to guarantee competent labor and high-quality care.

Keywords: Emergency-nursing; Emmployee-performance-appraisal; Nursing; Practice-management; Professional-competence

Introdução

As unidades de emergência do Brasil atuam como importante porta de entrada do Sistema Único de Saúde e recebem grande número de usuários. Situação que a torna prioridade federal em decorrência das fragilidades enfrentadas nos serviços de Urgência e Emergência. Dentre os profissionais de saúde atuantes nestes serviços, destaca-se o enfermeiro, um dos primeiros profissionais a ter contato com o paciente, no qual é responsável pelo acolhimento com classificação de risco, que tem como papel realizar a triagem, classificar segundo o nível de gravidade, e com base em sua avaliação inicial, coleta os dados para os possíveis diagnósticos e encaminhamento para a especialidade adequada.1,2

O enfermeiro na Urgência e Emergência desenvolve atividades nas mais diversas áreas, desde a articulação e gerência de recursos humanos e materiais, até a própria assistência e acolhimento com classificação de risco, que fundamenta sua prática no conhecimento teórico-científico, ao utilizar de meios técnicos e humanizados para tal.2 Vale destacar que a prática de acolhimento com classificação de risco, tal como o funcionamento, manejo e articulação do serviço é definido como função do enfermeiro, uma vez que apresenta habilidades e competências que influenciam nas ações desenvolvidas pela equipe de saúde, ao objetivar a integralidade e resolutividade da assistência.3

A enfermagem no âmbito da emergência desenvolve intervenções pautadas em competências pessoais/profissionais. Para verificação e definição dessas competências, é necessário a adoção de conceitos padronizados que englobam, de maneira clara, os elementos e características que a constituem, o que torna possível a mensuração destas, sendo baseada em habilidades como: desempenho assistencial, trabalho em equipe, liderança, administração do tempo e entre outras, tendo objetivo de almejar uma assistência humanizada, de qualidade e holística.4

As unidades de trauma atuam como áreas de alta complexidade assistencial dentro da rede de atenção à saúde, são esses locais que recebem pacientes críticos e que precisam de atendimento imediato e, usualmente, são divididos em áreas de acordo com a gravidade do paciente. A área vermelha é onde os pacientes mais graves são estabilizados, precisando de cuidados intensivos, manejo rápido e livre de iatrogenia. Após a manutenção e controle do quadro clínico o paciente é referenciado para outros setores, de acordo com seu nível de gravidade.5

Nesse sentindo, um dos desafios do gestor de enfermagem em serviços de emergência é identificar em cada profissional enfermeiro as suas competências, habilidades e fragilidades e rever as que necessitam de aprimoramento ou ser desenvolvidas no contexto do trabalho.6

Ao conhecer a amplitude dos serviços de emergência, o impacto das ações de enfermagem neste setor, a importância do conhecimento e avaliação das aptidões do enfermeiro para atuação na referida área da saúde, torna-se necessário analisar a competência deste profissional diante das diversas situações de emergência, para que seja possível o rastreio e identificação de fatores que podem influenciar no processo do cuidar e, consequentemente, na qualidade da assistência.

Sobre esse tema, há poucos estudos a nível nacional que avaliem a competência do enfermeiro na emergência, porém existe um instrumento validado e criado por Holanda e colaboradoras, que é pioneiro no Brasil e explora as competências desses profissionais.6 Em contrapartida a nível internacional é possível encontrar diversos estudos já validados e aplicados nesse público, mas a maioria voltados para um contexto generalista.7

Nesse sentido o objetivo da presente investigação foi analisar a competência profissional do enfermeiro no serviço de emergência hospitalar do Agreste Pernambucano.

Metodología

Trata-se de estudo descritivo, do tipo quantitativo, com delineamento transversal, realizado no período de julho a setembro de 2019, em um hospital público de referência para atendimentos de emergência no nordeste brasileiro. A unidade conta com setores de Pronto-Socorro (PS) distribuído em sala verde, amarela, vermelha e acolhimento com classificação de risco, possui também Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico, Ortopedia e Clínica médica.8

A população do estudo foi constituída por enfermeiros, que atuavam na sala vermelha, verde, amarela e acolhimento com classificação de risco na unidade de trauma do referido hospital. Quanto aos critérios de inclusão, participaram da pesquisa os enfermeiros plantonistas e diaristas que atuavam nos setores supracitados, que constavam o nome na escala de plantão e que aceitassem participar da pesquisa. Foram excluídos aqueles que estavam de férias ou licença durante o período da coleta de dados.

A amostra foi censitária, ou seja, todos os enfermeiros que estavam escalados no período da coleta nos quatro referidos setores acima, que totalizou em 63 (100%) enfermeiros, não sendo totalmente contemplado, pois 16 (25,40%) dos enfermeiros recursou-se a participar, os mesmos alegaram falta de tempo e desinteresse de contribuir para a pesquisa.

A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação do instrumento estruturado e validado, intitulado ''Instrumento de Avaliação da Competência Profissional do Enfermeiro em Emergências'', desenvolvido por Holanda e colaboradoras.6

O instrumento é dividido em cinco módulos identificados por letras (A a E). As variáveis sociodemográficas identificadas pelo módulo ''A’’ foram: faixa etária, sexo, estado civil, número de filhos, setor que está alocado e tempo de atuação no serviço. O módulo ''B’’ identificava a formação profissional do enfermeiro, como: ano de graduação, tipo de especialização, cursos de emergência realizado nos últimos 2 anos e o envolvimento em atividades científicas.6

O módulo ''C'' constava as orientações para o uso do instrumento e as definições do grau/nível de competência distribuídos em cinco graus em Escala Likert, que o grau um correspondia a ''nada competente'', grau dois ''pouco competente'', grau três ''competente'', grau quatro ''muito competente'' e o grau cinco equivalente ao nível ''extremamente competente'', na qual a escala foi aplicada no módulo D e E.6

Em seguida o módulo ''D’’ relata um caso fictício que sofreu adaptações sendo inserido uma situação que melhor retrata a realidade de trabalho do referido hospital. O enfermeiro analisou a situação apresentada e julgava a conduta do enfermeiro descrito no caso de acordo com o nível de competência a qual avaliava ser o correto.6A situação fictícia retratava um cenário de atendimento a vítima de Parada Cardiorrespiratória (PCR) no ambiente hospitalar, no qual foram tomadas algumas medidas pela equipe de enfermagem que estavam de forma contrária aos protocolos da American Hearth Association (AHA).9

No caso descrito o enfermeiro julgava três ações relacionada a prática profissional do enfermeiro envolvido na situação fictícia, atribuindo um grau de competência para cada ação, variando do grau cinco para ''extremamente competente'' ao grau um equivalente a ''nada competente'', ou seja, de acordo com a Escala Likert descrita no módulo ''C'', tendo como resposta correta ''nada competente’’ ou ''pouco competente’’ respectivamente o grau um ou dois nas três afirmativas do caso ficticio.6

Por fim o módulo ''E’’ o enfermeiro se autoavaliava de acordo com as ações que melhor retratavam sua realidade de trabalho, divididas em sete domínios: prática profissional, relações de trabalho, desafio positivo, ação direcionada, conduta construtiva, excelência profissional e adaptação à mudança.10 O grau de competência a ser apontado pelo profissional ficou dividido em cinco colunas, que varia do grau cinco, que representa o nível ''extremamente competente'', ao grau um, que se refere ao nível de ''nada competente'' descritos nos 81 itens.6O questionário foi executado em forma de entrevista em horários estabelecidos pelos funcionários conforme sua disponibilidade no serviço.

Todas as informações foram inseridas em planilha no programa Microsoft Excel 2010. Os dados foram tabulados e analisados pelo software estatístico SPSS (Statistical Package for Social Science), versão 22.0. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva (frequência absoluta e relativa, média, mediana, mínimo, máximo, desvio padrão) e a análise adicional pelo teste qui-quadrado para correlações de variáveis trabalhistas e de formação profissional em relação a resposta ao caso fictício, para verificar significância adotou-se valor de p<0,05.

A pesquisa só teve início a partir do parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Real Hospital Português de Beneficência de Pernambuco-RHP sob CAAE 12357819.3.0000.9030 e número do parecer 3.288.109. O trabalho seguiu em conformidade com a resolução nº 510/2016 e 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sempre respeitando a dignidade, a liberdade e a autonomia do ser humano envolvido, assegurando a confidencialidade e a privacidade dos indivíduos.11,12

Resultados

Na amostra pesquisada de 47 participantes, 42,60% (n=20) atuavam na sala vermelha, 23,40% (n=11) sala verde, 19,10% (n=9) acolhimento com classificação de risco e 14,90% (n=7) na sala amarela. Em relação ao sexo, 78,72% (n= 37) eram do sexo feminino e 21,28% (n=10) masculino. A idade variou entre 24 e 52 anos, com média de 33,8 anos e DP= 6,83, a mediana do tempo de experiência profissional foi de 2 anos e DP= 56,6, em relação ao vínculo empregatício 59,60% (n=28) afirmaram ter mais de um emprego.

No que tange à formação profissional, 23,40% (n=11) possuíam somente a graduação, 76,59% (n= 36) possuíam especialização concluída em áreas diversas, 17,02% (n=8) enfermeiros com especialização na modalidade de residência, dentre eles 4,3% (n=2) eram em de Urgência e Emergência e 6,38% (n=3) apresentaram modalidade de mestrado. Referente á área de especialização em Urgência e Emergência 25,53% (n=12) dos enfermeiros possuíam especialização concluída.

Ao serem indagados sobre a participação em cursos de emergências nos últimos 2 anos, 51,06% (n= 24) relataram que realizaram algum tipo de curso, dentre eles o curso de maior frequência foram Basic Life Support (BLS) e Protocolo para Classificação de Pacientes ambos com 23,40% (n=11) e no quesito que concerne as atividade cientificas realizadas nos últimos 2 anos, 42,55% (n=20) responderam que tinham feito algum tipo de atividade, dentre elas a elaboração de trabalho cientifico 34,04% (n=16), seguido de publicação de resumo de trabalho científico e artigo científico publicado em periódico ambos com 17,02% (n=8).

As tabelas 1, 2 e 3 apresentam as competências do estudo de caso, inseridas no cotidiano do processo de trabalho dos enfermeiros nos domínios ''Relações no trabalho'', ''Prática profissional'' e ''Excelência profissional''.

Nessa direção, os enfermeiros se autoavaliaram no domínio ''Relações no trabalho'' como ''muito competente'' ou ''extremamente competente'' em todas as ações como descrito na tabela 1.

No domínio ''Prática profissional'', os enfermeiros se autoavaliaram de maneira positiva registraram emissões de ''muito competente'' ou ''extremamente competente'' em todas as ações de acordo com a tabela 2.

No domínio ''Excelência profissional'' a ação ''Participa de simulação realística em emergências periodicamente'' foi a única avaliada como ''pouco competente'', as demais afirmativas os mesmos se autoavaliaram como ''competente'', ''muito competente'' ou ''extremamente competente'' conforme a tabela 3.

Na situação fictícia apresentada no questionário onde o enfermeiro entrevistado julgava o enfermeiro do cenário onde estava inserido o problema, foram descritas três afirmativas, a primeira constava sobre a Excelência Profissional relacionada à educação permanente, 65,9% (n=31) dos enfermeiros julgaram a postura do enfermeiro como ''extremamente competente'', ''muito competente'' ou ''competente'', a segunda e a terceira afirmativa estavam voltadas para Prática Profissional julgadas com o mesmo nível de competência da pergunta anterior, respectivamente 57,4% (n=27) e 61,7 % (n=29) segue na tabela 4.

Em relação a tabela 5 é possível verificar a associação de variáveis trabalhistas e de formação profissional em relação a resposta correta ao estudo fictício, nesse sentido obtém-se significância estatística nas variáveis ''atualiza-se constantemente'' e ''possuir especialização em áreas diversas''. Cabe inferir que apesar dos participantes afirmarem a prática de atualização constante e possuir de algum tipo de especialização o índice de resposta incorreta foi elevado entre eles. (Tabela 5)

Discussão

No presente estudo observou-se no que tange a formação profissional e o interesse em pesquisas científicas a baixa frequência do envolvimento dos enfermeiros nesse quesito. Percebe-se que os enfermeiros possuem uma tendência em buscar somente cursos de especialização, visto que o engajamento em pesquisas científica e os títulos de mestrado e doutorado, embora possibilitem um maior leque para qualidade do cuidado, estão associados aos projetos de construção de uma carreira docente.13,14

Destarte, a pesquisa científica em enfermagem é considerada relevante e essencial, assim sua produtividade é um alicerce para ações desempenhadas no dia a dia e consequentemente traz maior embasamento científico, que contribui para o empoderamento da enfermagem.15

Nessa direção também foi possível identificar que os enfermeiros que atuam nos serviços de Urgência e Emergência autoavaliaram o seu processo de trabalho de maneira bastante positiva, pois no domínio Relações de Trabalho foram registradas emissões de ''muito competente'' ou ''extremamente competente''. É possível perceber que há uma comunicação com a equipe de trabalho, esse contato efetivo é um dos pontos mais relevante, uma vez que o resultado de uma interação favorável possibilita padronizar ações, compartilhar conhecimentos e valores, além de facilitar as relações com o público interno e externo.13

A comunicação interna efetiva promove o desenvolvimento e manutenção de relacionamento entre os servidores, gestão e os demais colaboradores, por partilharem ideias e conhecimentos, que contribui para dinâmica de trabalho e melhores resultados.16

Tabela 1: Distribuição das ações de acordo com autoavaliação do enfermeiro conforme o grau de competência, relacionada ao domínio ''Relações no trabalho''. Caruaru, PE, Brasil, 2019. 

Ações para a prática do enfermeiro em emergências Frequência (n) Percentual (%)
NC PC C MC EC
Mantém controle emocional ao implantar soluções para os problemas 0 (0%) 0 (0%) 11 (23,4%) 24 (51,1%) 12 (25,5%)
Consegue acordos no trabalho com o uso do diálogo 0 (0%) 0 (0%) 05 (10,6%) 22 (46,8%) 20 (42,6%)
Forma vínculos com as pessoas no trabalho 0 (0%) 01 (2,1%) 04 (8,5%) 14 (29,8%) 28 (59,6%)
Tem comportamentos transparentes, honestos e responsáveis nas relações com as pessoas. 0 (0%) 0 (0%) 01 (2,1%) 12 (25,5%) 34 (72,3%)
Evita comportamentos conflitantes com as pessoas 0 (0%) 02 (4,3%) 0 (0%) 17 (36,2%) 28 (59,6%)
Busca estabelecer contato harmônico com o outro 0 (0%) 0 (0%) 02 (4,3%) 14 (29,8%) 31 (66%)
Propõe ajustes sem gerar conflitos 0 (0%) 01 (2,1%) 02 (4,3%) 18 (38,3%) 26 (55,3%)

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 2: Distribuição das ações de acordo com autoavaliação do enfermeiro conforme o grau de competência, relacionada ao domínio ''Prática profissional''. Caruaru, PE, Brasil, 2019. 

Ações para a prática do enfermeiro em emergências Frequência (n) Percentual (%)
NC PC C MC EC
Faz avaliação clínica dos clientes de forma rápida 0 (0%) 02 (4,3%) 08 (17,0%) 19 (40,4%) 18 (38,3%)
Identifica agentes causadores de danos nas ações de atendimento dos clientes 0 (0%) 0 (0%) 10 (21,3%) 20 (42,6%) 17 (36,2%)
Considera as consequências de seu agir com prontidão nas emergências 0 (0%) 01 (2,1%) 04 (8,5%) 18 (38,3%) 24 (51,1%)
Intervém no momento correto frente aos agravos à saúde dos clientes 0 (0%) 0 (0%) 06 (12,8%) 17 (36,2%) 24 (51,1%)
Determina as ações necessárias para evitar danos no atendimento dos clientes 0 (0%) 0 (0%) 05 (10,6%) 20 (42,6%) 22 (46,8%)
Realiza todo tipo de procedimento de enfermagem com técnica segura. 0 (0%) 02 (4,3%) 07 (14,9%) 20 (42,6%) 18 (38,3%)
Usa recursos indispensáveis na execução dos cuidados dos clientes 0 (0%) 02 (4,3%) 09 (19,1%) 19 (40,4%) 17 (36,2%)
Responsabiliza-se por suas ações no atendimento de emergências 0 (0%) 0 (0%) 01 (2,1%) 13 (27,7%) 33 (70,2%)
Estabelece prioridades no desenvolvimento das ações de trabalho 0 (0%) 0 (0%) 01 (2,1%) 24 (51,1%) 22 (46,8%)

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 3: Distribuição das ações de acordo com autoavaliação do enfermeiro conforme o grau de competência, relacionada ao domínio ''Excelência profissional''. Caruaru, PE, Brasil, 2019. 

Ações para a prática do enfermeiro em emergências Frequência (n) Percentual (%)
NC PC C MC EC
Atualiza constantemente os conhecimentos em emergências 02 (4,3%) 08 (17,0%) 13 (27,7%) 18 (38,3%) 06 (12,8%)
Faz diagnóstico de enfermagem para o cliente conforme referencial teórico adotado na instituição 03 (6,4%) 08 (17,0%) 12 (25,5%) 12 (25,5%) 12 (25,5%)
Participa de simulação realística em emergências periodicamente 08 (17%) 17 (36,2%) 15 (31,9%) 02 (4,3%) 05 (10,6%)
Usa outras oportunidades para seu desenvolvimento profissional 0 (0%) 0 (0%) 08 (17%) 23 (48,9%) 16 (34%)

Fonte: Dados da pesquisa.

Desse modo, destaca-se que a comunicação efetiva dentro das instituições de saúde, deve ser uma ferramenta utilizada pelos profissionais, que serve também como pilar para o sucesso e obtenção de resultados favoráveis, visto que no âmbito hospitalar as pessoas desempenham funções complexas, razão pela qual exige uma troca de informações eficaz.17

No domínio Prática Profissional, a maioria se considerou como ''muito competente'' ou ''extremamente competente'', o desenvolvimento dessa competência ocorre com o desempenho assistencial, que é descrita como capacidade do enfermeiro de prestar assistência individualizada, atender as necessidades e expectativas dos clientes de forma a assegurar um cuidado embasado em saberes científicos e em procedimentos técnicos essenciais para uma assistência de qualidade.18

Um estudo realizado em dois hospitais públicos de grande porte revelou que as condições inadequadas ao desenvolvimento do trabalho, interfere negativamente no processo de cuidar, consequentemente dificulta a prática profissional da enfermagem e faz com que o objetivo de atender as necessidades dos clientes não seja alcançado.

Tabela 4: Distribuição das ações de acordo com o julgamento do enfermeiro frente ao caso descrito no questionário conforme o grau de competência desempenhado pelo enfermeiro da situação fictícia. Caruaru, PE, Brasil, 2019. 

Ações do enfermeiro em emergências Frequência (n) Percentual (%)
NC PC C MC EC
Atualiza constantemente os conhecimentos em emergências 06 (12,8%) 10 (21,3%) 10 (21,3%) 09 (19,1%) 12 (25,5%)
Determina as ações necessárias para evitar danos no atendimento dos clientes 07 (14,9%) 13 (27,7%) 11 (23,4%) 08 (17%) 08 (17%)
Usa recursos indispensáveis na execução dos cuidados dos clientes 11 (23,4%) 07 (14,9%) 10 (21,3%) 09 (19,1%) 10 (21,3%)

Fonte: Dados da pesquisa.

Verifica-se ainda, que os enfermeiros relataram dificuldades de lidar com comentários inapropriados de outros colegas e/ou profissionais na presença dos pacientes, no qual dificulta as relações interpessoais no ambiente de trabalho.19Considera-se importante que as instituições proporcionem aos enfermeiros condições de trabalho e infraestrutura adequada que cooperem para o alcance de uma prática profissional de excelência para que seja possível a realização de atenção qualificada e resolutiva, que perfaz uma assistência de qualidade.

Com relação ao domínio Excelência Profissional, apenas o item ''Participação em simulações realísticas em emergências periodicamente'' foi descrito como ''pouco competente'', com isso percebe-se que a Educação Permanente, a capacitação profissional, o oferecimento de cursos e as atualizações por parte das instituições empregadoras e formadoras torna-se fundamental para o enfermeiro atuar com excelência no serviço e interagir com ensino-serviço, que possibilita adequação do ensino ás condições reais encontradas no mundo do trabalho.20

A educação baseada em simulação realística tem conquistado importância para formação e atualização de profissionais na área de saúde, ao permitir a junção da teoria com a prática, ao reproduzir eventos clínicos em ambientes seguros, consequentemente o aprendiz desenvolve competências, raciocínio crítico e ajustes das falhas sem comprometer a saúde do paciente. O estudo realizado em um hospital de ensino constatou melhora no nível de autoconfiança e satisfação dos profissionais de enfermagem no atendimento ao paciente em parada cardiopulmonar, após emprego da simulação realística combinada à teoria em comparação ao uso exclusivo da simulação.21

Tabela 5: Associação entre a avaliação da competência do enfermeiro no caso fictício e variáveis de formação e vínculo. Caruaru, PE, Brasil, 2019. 

Variáveis Resposta ao caso 1 (p-valor)
Correta Incorreta
N (%) N (%)
Vínculo com outra instituição (0,189)
Sim 8 (17%) 20 (43%)
Não 10 (21%) 9 (19%)
Atualiza-se constantemente (0,000)*
Sim 15 (32%) 24 (51%)
Não 3 (6%) 5 (11%)
Participa de cursos de emergência (0,884)
Sim 12 (26%) 12 (26%)
Não 6 (13%) 17 (35%)
Possui especialização (0,000)*
Sim 12 (25%) 24 (51%)
Não 6 (13%) 5 (11%)
TOTAL 18 (38%) 29 (62%)

Fonte: Dados da pesquisa. Teste qui-quadrado. *significância estatística (p<0,05).

Sobre a situação fictícia os enfermeiros avaliaram como "muito competente'' a atualização dos conhecimentos. Ao comparar de forma geral as respostas emitidas pelos participantes do estudo em relação ao caso exposto, verifica-se que a maioria respondeu de forma incorreta, entretanto, quanto à questão de autoavaliação se consideram "muito competentes'' e os mesmos em sua maioria afirmaram que participaram de cursos de atualização e/ou possuem alguma especialização. Cabe analisar e afirmar que mesmo os participantes que possuíam conhecimentos e especializações e se julgaram competentes ao analisar um caso clínico fictício não foram capazes de formar um raciocínio crítico reflexivo em relação ao que tinha sido exposto, e essa relação é influenciada por diversos fatores que fogem da questão de possuir ou não conhecimento, como habilidades, teorias, tempo de atuação, rotinas inadequadas, entre outras.

Vale destacar que não é somente o conhecimento que promove a qualificação do trabalho em enfermagem, mas também o modo de agir diante das situações, a postura profissional, o manejo técnico das ações, consequentemente reflete, diariamente, na efetividade do cuidado.22

No serviço de Urgência e Emergência o enfermeiro é um dos responsáveis pelo primeiro atendimento às vítimas que em grande maioria são gravemente acometidas pelo incidente, nesse sentido, o raciocínio rápido e correto, tal como a habilidade fazem total diferença quanto à prevenção de novas lesões, assim como de melhor prognóstico.23 Portanto, é necessário que os enfermeiros desenvolvam habilidades de julgamentos clínicos e críticos, seja com capacitações, especializações ou até mesmo com exercícios voltados a essa prática, para que se possa ofertar uma assistência qualificada e efetiva, que favorece o desenvolvimento adequado e bem delimitado das competências desses profissionais.

Salienta-se que, entre essas questões, há necessidade de maior suporte institucional no que tange, por exemplo, a estrutura física hospitalar, pois mostra a inadequação da planta física para os pacientes e profissionais. Outras fragilidades organizacionais são observadas quanto carência qualitativa e quantitativa de recursos humanos; a precariedade ou a falta de equipamentos e de materiais e a fragilidade do sistema organizacional de referência e contrarreferência que aumenta o fluxo de pacientes e sobrecarrega toda estrutura da instituição, consequentemente prejudica o processo de atendimento no serviço de emergencia.18,24

Portanto, as competências e habilidades que os enfermeiros do serviço de Urgência e Emergência devem desenvolver são amplas e impactam diretamente na qualidade e efetividade da assistência ofertada ao paciente, assim como existe a necessidade de capacitações constantes que sensibilizem o profissional quanto ao julgamento clínico que avaliem a criticidade e individualidade de cada indivíduo. A autoavaliação é de suma importância para a reflexão do seu processo de trabalho e pontos que possam ser melhorados, estimulados e eliminados.

Essa pesquisa tem grande contribuição para a prática em saúde, a partir de formas e estratégias para trabalhar com profissionais nessa área. Além disso, poderá subsidiar novas ações que busquem melhoria do serviço de saúde, a partir da identificação das potencialidades e fragilidades desses profissionais. Como também, trará benefícios com a produção de conhecimento científico acerca do tema.

Dentro das limitações do estudo, por se tratar de um instrumento construído e validado recentemente, existem poucas investigações realizadas com essa finalidade o que pode ter dificultado no processo de discussão contundente ao objetivo, assim como na inviabilidade de representação em maior escala e também como sendo o estudo realizado na unidade de trauma, os dados obtidos podem não corresponder á realidade de emergências de outras especialidades ou instituições.

Conclusão

Através dos resultados obtidos nesse estudo foi possível identificar que a maioria dos enfermeiros eram do sexo feminino, especialistas, que possuíam mais de um vínculo empregatício. Com relação à autoavaliação os domínios ''Relações no trabalho'' e ''Prática profissional'' os participantes registraram emissões de ''muito competente'' ou ''extremamente competente'' em todas as ações. Já no domínio ''Excelência profissional'' a única ação avaliada como ''pouco competente'' foi ''Participa de simulação realística em emergências periodicamente''.

No que se refere ao julgamento do caso fictício, a maioria dos enfermeiros não respondeu corretamente as ações propostas de acordo com que estava exposto. Com isso, podemos afirmar que mesmo os enfermeiros se autoavaliando como competentes não foram capazes de julgar de forma correta o enfermeiro do caso fictício, porém existem outros fatores que fogem da questão de possuir ou não conhecimento, que também são essenciais para um serviço prestado de qualidade.

Para tanto, é importante o profissional de enfermagem capacitar-se, para que se tenha uma vivência prática em sua área específica de formação, para melhor atendimento ao cliente que muitas vezes está em situação crítica e precisa de uma ação prestada de qualidade. A instituição precisa investir nesses profissionais para treinamentos e assim aliar a teoria com a prática. Portanto, a preparação e a capacitação recorrente é sem dúvida, um caminho para bons resultados e um atendimento de excelência.

CONFLITO DE INTERESSE

Os autores declaram não haver nenhum tipo de interesse econômico, social, pessoal ou de trabalho.

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Received: March 01, 2021; Accepted: February 09, 2022

Correspondencia: Rebeca Cavalcanti Leal Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) rebecaleal16@hotmail.com

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