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Enfermería Actual de Costa Rica

On-line version ISSN 1409-4568Print version ISSN 1409-4568

Enfermería Actual de Costa Rica  n.37 San José Jul./Dec. 2019

http://dx.doi.org/10.15517/revenf.v0ino.37.36030 

Artículos originales

Percepções de adolescentes escolares do sexo masculino quanto ao cuidado à sua saúde

Percepción de adolescentes escolares del sexo masculino en relación al cuidado de su salud

Perception of male adolescents school children regarding care of your health

Ana Carolina Tavares de Carvalho1 

Darine Marie Rodrigues da Silva2 

Waldemar Brandão Neto3 

Emanuela Batista Ferreira e Pereira4 

Maria Lúcia Neto de Menezes5 

Jael Maria de Aquino6 

1Enfermera. Egresada del Curso de Licenciatura en Enfermería de la Facultad de Enfermería Nossa Senhora das Graças (FENSG). Universidad de Pernambuco (UPE). Recife, PE, Brasil. Correo electrónico: carol21ana@hotmail.com

2Enfermera. Cursando Máster por el Programa Asociado de Post-Graduación en enfermería UPE/UEPB. Universidad de Pernambuco. Recife, PE, Brasil. Correo electrónico: darinemarie@gmail.com

3Enfermero. Doctor en Salud del Niño y del Adolescente. Profesor Asistente de la Facultad de Enfermería Nossa Senhora das Graças (FENSG). Universidad de Pernambuco (UPE). Recife, PE, Brasil. Correo electrónico: waldemar.neto@upe.br

4Enfermera. Doctora por el Programa de Post-Graduación en Cirugía (UFPE). Profesora Adjunta de la Facultad de Enfermería Nossa Senhora das Graças (FENSG). Universidad de Pernambuco (UPE). Recife, PE, Brasil. Correo electrónico: emanuela.pereira@upe.br

5Enfermera. Cursando Doctorado de la Post-graduación en Salud del Niño y del Adolescente (UFPE). Profesora Asistente de la Facultad de Enfermería Nossa Senhora das Graças (FENSG). Universidad de Pernambuco (UPE). Recife, PE, Brasil. Correo electrónico: maria.luciamenezes@yahoo.com.br

6Enfermera. Post-doctora en Enfermería. Profesora Asociada de la Facultad de Enfermería Nossa Senhora das Graças. Programa Asociado de Post-graduación en Enfermería. Universidad de Pernambuco (UPE). Recife, PE, Brasil. Correo electrónico: jael.aquino@upe.br

Resumo

23.

O objetivo era compreender as percepções dos adolescentes escolares do sexo masculino quanto ao cuidado à sua saúde. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com 32 estudantes de uma escola pública estadual do município de Recife-PE. Para a coleta de dados foi empregada entrevista semiestruturada, sendo os depoimentos decompostos e organizados por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Emergiram cinco Ideias Centrais frutos dos DSC: Procura dos adolescentes por esclarecimentos de dúvidas em questões de saúde, Atuação da escola na estratégia de educação em saúde, Percepção dos adolescentes quanto ao conceito de saúde, Comportamento dos adolescentes no cuidado à saúde, Busca por melhorias nas condições de saúde. Conclui-se que a participação da família, escola e profissionais de saúde, especialmente os da enfermagem, exercem importante influência no processo de formação do adolescente. Nesse sentido, é fundamental o envolvimento destes atores para o fortalecimento de ações de promoção da saúde e autocuidado dos adolescentes.

Palavras clave: Cuidados-de-Enfermagem; Masculinidade; Promoção-da-Saúde; Saúde-do-Adolescente; Saúde- do-Homem

Resumen

27.

El objetivo de este estúdio fue comprender las percepciones de adolescentes escolares del sexo masculino en relación al cuidado de su salud. Es un estudio descriptivo, qualitativo, realizado con 32 estudiantes de una escuela pública estatal del município de Recife-PE. Para la recolección de los datos fue utilizada la entrevista semi estructurada, siendo las respuestas separadas y organizadas a través de la técnica de Discurso del Sujeto Colectivo. Surgieron cinco ideas centrales fruto de los DSC: búsqueda de los adolescentes por aclarar dudas en asuntos de salud, actuación de las escuelas en la estratégia de educación en temas de salud, percepción de los adolescentes en relación al concepto de salud, comportamiento de los adolescentes en el cuidado de la salud, búsqueda por mejorar las condiciones de salud. Se concluye que la participación de la familia, escuela y profesionales de la salud, especialmente los de enfermería, ejercen una influencia importante en el proceso de formación del adolescente. En este sentido, es fundamental la participación de estos actores para el fortalecimiento de acciones para promover la salud y el autocuidado de los adolescentes.

Palabras clave: Cuidados-de enfermería; Masculinidad; Promoción-de-la-salud; Salud-del-adolescente; Salud-del-hombre

Abstract

31.

The objective of this research was to understand the perceptions of male teenagers students related to health care. Descriptive and qualitative study, make it with 32 students of the public system of the municipal of Recife-PE. For the collect of data was used a semi structured interview, being the answers classified and organized by the Collective Subject Speech (CSS). Were taken five main ideas from the CSS: search from the teenagers to respond their doubts about healthy subjects, performances of schools on strategies of education in health thematic, teenagers perception about health concept, teenagers behavior in healthy care, searching of the improvements of health conditions. It concluded that the involvement of family, school and professionals of health, especially of nursing area, exert an important influence on the teenagers development process. In that way is fundamental the involvement of those actors to the strengthening of actions to promote the health and self-care of teenagers.

Keywords: Healthy-promotion; Masculinity; Men’s-health; Nursing-cares; Teenager-health

Introdução

A adolescência é uma época marcada por intensas modificações em aspectos físicos, biológicos e psicossociais, gerando nesse grupo a necessidade de perceber e entender como comportar-se mediante essas transformações1. Nesse sentido, o presente estudo revela vulnerabilidades de adolescentes do sexo masculino nos âmbitos familiar e social, as quais refletem direta e indiretamente no modo com percebem o cuidado à sua saúde. Nesta perspectiva, os profissionais da saúde, como os enfermeiros, podem (re)direcionar condutas e práticas de cuidado no atendimento as reais necessidades deste público.

Segundo informações publicadas pela Organização Mundial da Saúde, em 2018, a violência representa um dos principais motivos relacionados às mortes evolvendo adolescentes masculinos com mais idade. Em torno de 43% dos óbitos apresentados pelos adolescentes masculinos, dos países de baixa e média renda das Américas, tiveram como principal motivo a violência interpessoal2.

O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, revelou que a população masculina brasileira é constituída de 48,9%, e a feminina de 51,1%. Desse percentual, da população brasileira, 21,1% estão na faixa etária entre 14 a 18 anos. Ainda, de acordo com dados do IBGE em 2010, em Pernambuco o público masculino é de 4.229.897 e o feminino 4.566.135, sendo esses dados bem diferenciados em relação ao nível nacional, com relação a ambos os gêneros. Pernambuco, ainda apresenta 27.228 óbitos na população masculina para 20.933 para o público feminino, sendo evidenciada maior mortalidade da população masculina em relação à feminina3.

O reconhecimento deste importante segmento populacional, frente à necessidade de ampliar as pautas de discussões em torno do que é ser adolescente e jovem na atualidade, enquanto sujeitos com especificidades quanto ao cuidado no campo da promoção da saúde, inaugurou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens (PNAISAJ). Sendo uma de suas perspectivas o envolvimento dos adolescentes em espaços de debates, fortalecimento do protagonismo, desigualdade socioeconômica e racial e o enfoque de gênero no cuidado à saúde.

As altas taxas de mortalidade e morbidade podem ser compreendidas à luz da crença da invulnerabilidade e da necessidade social de autoafirmação evidenciada no sexo masculino, a qual é mais evidenciada na adolescência e isto, por sua vez, leva-os a práticas evitáveis e comprometedoras a saúde4)- (5. As questões de gênero vêm contribuindo para a construção da identidade masculina assumida na sociedade contemporânea, sendo o atual estilo de vida masculino um fator de grande influência no quadro de morbimortalidade6.

É fundamental a realização de ações que considerem as demandas apresentadas pelos adolescentes pela Estratégia de Saúde da Família. Uma dessas atividades pode ser expressa por meio das atividades de caráter educativo7. Por configurar-se como um espaço onde os adolescentes passam boa parte do seu tempo, a escola aparece como um local ideal para a realização de atividades de educação em saúde8. É no Programa de Saúde na Escola (PSE), que o enfermeiro pode investir em atividades educativas de cunho crítica e reflexiva, contribuindo com a promoção da saúde dos escolares. Por meio da educação é possível projetar para o futuro, adultos mais saudáveis e com uma melhor expectativa de vida9.

No que concerne à instituição familiar, esta exerce um poder influenciador ao público adolescente masculino no tocante a sua maneira de pensar e agir frente à procura por cuidados à sua saúde. Observa-se também um desconhecimento por parte desse público em relação aos profissionais e quanto aos equipamentos de saúde que possuem extrema relevância na construção de uma geração de adolescentes masculinos mais saudáveis, os quais são histórica e culturalmente marcados por hábitos que negligenciam a saúde10.

É neste contexto que emergem os desafios para o enfermeiro quanto à implementação de ações de saúde para o público masculino, e por sua posição privilegiada junto a grupos da comunidade favorece um trabalho que estimule a promoção da saúde dos adolescentes mais jovens11. Ademais, o enfermeiro configura-se como elo agregador no fortalecimento da rede entre escola, família e adolescente/comunidade, a fim de favorecer o conhecimento, esclarecer dúvidas e estreitar a comunicação entre todos os membros envolvidos.

Portanto, é relevante conhecer as percepções de cuidado à saúde construídas pelos adolescentes escolares do sexo masculino, pois, através da compreensão de seus pensamentos e comportamentos será possível identificar as principais fragilidades e limitações quanto ao autocuidado com a saúde, evidenciadas nessa fase. Além disso, o conhecimento das ações praticadas pelo público adolescente, em relação ao autocuidado à saúde, oportuniza e direciona o processo de aprendizagem e o desenvolvimento de competências para a vida.

Diante do exposto, o presente estudo procurou responder a seguinte indagação: Quais as percepções evidenciadas pelos adolescentes do sexo masculino quanto ao cuidado à sua saúde? E como objetivo: compreender as percepções dos adolescentes escolares do sexo masculino quanto ao cuidado à sua saúde.

Materiais e método

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em uma escola pública estadual de ensino médio em tempo integral, localizada no município de Recife - PE. A população do estudo foi composta por estudantes do sexo masculino, menores de 18 anos, matriculados nos 1º e 2º anos do ensino médio. Após o contato com a coordenação da escola, foi autorizada a coleta de dados em três turmas de 1º ano, e em duas do 2º ano do ensino médio.

Por meio de amostra por conveniência, o estudo envolveu 32 estudantes. Foi estabelecido como critério de inclusão os estudantes do sexo masculino menores de 18 anos, que estivessem matriculados nos primeiros e segundos anos do ensino médio em tempo integral, e como critérios de exclusão, os adolescentes que apresentaram algum tipo de déficit cognitivo. As entrevistas foram efetuadas individualmente no período de Abril a Junho, com o auxílio do gravador de voz, utilizando um roteiro de entrevista semiestruturado dividido em duas partes, a primeira que permitiu a caracterização sociodemográfica dos adolescentes e a segunda que abordou questões subjetivas que abrangeram a relação dos adolescentes com a família, escola, serviço de saúde e na atenção primária, bem como o entendimento sobre as práticas de autocuidado com a saúde.

Na ocasião da entrevista, os participantes foram informados sobre a natureza, os objetivos do estudo e a importância da gravação, sendo assegurado o sigilo dos depoimentos e a liberdade de recusar-se a participar da pesquisa a qualquer momento, sem qualquer prejuízo ao entrevistado. Os áudios oriundos das entrevistas foram transcritos na íntegra para o programa Microsoft Word, conservando-se as falas originais dos participantes.

Os dados textuais oriundos das entrevistas foram explorados e organizados com base na técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) de Lefèvre e Lefèvre (2012). Esse método viabiliza a organização da tabulação de dados qualitativos de natureza verbal, obtidos de depoimentos, dos quais são tratados de modo a expressar o pensamento da coletividade. A proposta metodológica segue algumas etapas para alcance do discurso final: primeiro são extraídas das falas dos sujeitos, expressões chaves (ECH’s) que permitam evidenciar de forma mais detalhada o conteúdo essencial da etapa seguinte, a ideia central (IC). O surgimento da IC possibilita a tradução dos depoimentos em sua essência, os quais estão inseridos nas ECH’s. Por fim, o agrupamento de diversos discursos semelhantes, os quais estão reunidos e articulados a uma IC, geram os discursos síntese, dando origem aos DSC’s, e estes são escritos na primeira pessoa do singular12.

Considerações éticas

A pesquisa atendeu todos os requisitos éticos exigidos pela Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Complexo Hospitalar HUOC/PROCAPE/UPE, com o parecer n° 563.770.

Resultados

Participaram deste estudo 32 adolescentes do sexo masculino, com faixa etária entre 14 a 17 anos. Todos cursavam o ensino médio, sendo 69% estudantes do primeiro ano e 31% do segundo ano. Com referência a raça/cor, 72% se autodeclararam pardos, 18% brancos e 10% negros. Nenhum deles referiu possuir vínculo empregatício. No que diz respeito à religião, 78% deles relataram ser evangélicos, 16% católicos e 6% espíritas.

Todos os adolescentes afirmaram ser residentes da zona urbana, dos quais 69% moravam com pais e irmãos e 31% alegaram viver apenas com o pai ou mãe, junto com avós, de modo a residirem com no máximo 7 pessoas na mesma residência. Com respeito ao estado civil dos seus pais, 53% participantes possuem pais casados, 31% têm pais solteiros e 16% deles têm os pais divorciados.

Emergiram das entrevistas cinco Discursos do Sujeito Coletivo, os quais foram oriundos das cinco ideias centrais evidenciadas.

A IC 1 revela o interesse que os adolescentes expressam quanto a necessidade de maiores esclarecimentos sobres os assuntos de saúde. Desse modo, foi possível encontrar no DSC 1 a internet como principal meio de busca em detrimento do diálogo com pais ou conhecidos.

IC 1: Procura dos adolescentes por esclarecimentos de dúvidas em questões de saúde

DSC 1: Quando quero saber assuntos de saúde eu procuro primeiro na internet, acho uma fonte mais segura. É muito raro eu perguntar aos meus pais, por eles serem mais antigos, eu prefiro procurar na internet que é mais atual. A minha mãe é enfermeira, então tudo que eu quero saber de saúde, eu pergunto mais a ela. Não converso com ninguém esses assuntos de saúde, quando eu quero saber de alguma coisa, procuro a internet.

A IC 2, infere acerca da contribuição que o espaço escolar tem oferecido no tocante ao repasse de conhecimentos em temáticas relacionadas a questões de saúde. Através do DSC 2, demonstrado abaixo, pode se observar que a instituição escolar é mais atuante na realização de atividades em educação em saúde quando há o surgimento de uma necessidade para tal.

IC 2: Atuação da escola na estratégia de educação em saúde

DSC 2: Eu nunca vi nessa escola ter palestra sobre saúde. Lembro que há muito tempo teve uma palestra sobre algum assunto de saúde. Ainda não teve palestra aqui, mas a professora de biologia, de vez em quando fala sobre saúde. Já participei de uma aula de biologia que falava sobre corpo humano. Aprendi sobre DST (doenças sexualmente transmissíveis) na sala de aula. A escola tá falando mais do Zika vírus, que está na moda agora.

As ideias centrais anteriores abordaram temáticas relacionadas à busca por conhecimentos em questões de saúde, bem como a participação escolar na promoção de tal conhecimento. Já na IC 3 foi possível identificar a percepção dos adolescentes em relação a definição de saúde. Evidenciou-se que há interferência direta tanto dos familiares quanto do ambiente escolar na formação do conceito de saúde.

Apesar do conceito expressamente incorporar o bem-estar mental e psicológico como produto para se alcançar saúde, ainda prevalece uma tentativa de reduzir o mesmo à ausência de doença. Daí a necessidade de melhorar a qualidade, as informações nos espaços onde os adolescentes mais buscam o conhecimento, como nos grupos de pares, família e escola.

IC 3: Percepção dos adolescentes quanto ao conceito de saúde.

DSC 3: É o cuidado da pessoa consigo mesmo e com o corpo. É ter uma atitude saudável na vida e também praticar esportes e ter um bom desenvolvimento cardíaco e respiratório. É uma coisa que a gente necessita. Está relacionada ao bem-estar físico e psicológico da pessoa. Saúde é o bem estar do corpo, mente e espírito. Pra mim, saúde é estar livre de doenças. Saúde é a pessoa ajudar o corpo a se prevenir de doenças.

Na IC 4, foi possível perceber como a vivência familiar, bem como a busca por conhecimentos em áreas da saúde e seu conceito, anteriormente evidenciados pelos participantes, interferem no modo de agirem em seus cuidados com a saúde. Nos depoimentos ficam em destaque, ainda, as dificuldades em buscar o serviço de saúde e a má alimentação.

IC 4: Comportamento dos adolescentes no cuidado à saúde

DSC 4: Tem um posto perto da minha casa, mas eu só costumo frequentar quando estou doente. Da última vez que precisei ir ao posto foi quando cortei meu braço, porque precisei tomar vacina de tétano. A minha alimentação é meio ruim, eu sou muito difícil pra comer e como muita besteira. Não gosto de me alimentar de manhã. Eu não tomo café de manhã, me acordo em cima da hora pra vir à escola. Quando tem besteira pra comer eu como sem pena. Gosto muito de lanche como, bolo e sorvete, biscoito recheado, refrigerante. Não gosto muito de frutas e nem de verduras.

A maioria das falas do DSC 4, demonstraram que embora os adolescentes não apresentassem uma boa adesão de práticas saudáveis como exercícios e boa alimentação, nota-se no DSC 5, o desejo dos participantes em incrementarem as atividades de lazer e o tempo livre na escola para manter uma boa qualidade de vida.

IC 5: Busca por melhorias nas condições de saúde

DSC 5: Antes de entrar nessa escola eu fazia natação e academia, mas agora por estudar em período integral, chego em casa muito tarde. Queria ter mais tempo para fazer academia. Não pratico exercícios porque a escola está me tomando muito tempo. A educação física daqui dessa escola é mais jogos e só. Aqui na escola a gente só joga futebol e ping pong. Deveria cuidar mais da minha saúde, principalmente da alimentação. Queria praticar mais esportes físicos. Deveria melhorar a minha saúde deixando de ser tão sedentário. Queria perder mais peso.

Discussão

Este estudo revelou que a percepção dos adolescentes escolares do sexo masculino acerca do cuidado à sua saúde, perpassa por diversos fatores relacionados ao contexto social dos mesmos e que podem despertar influência nas suas condutas e práticas de saúde. Tais aspectos exercem influência, também, no exercício do autocuidado, bem como na maneira que se vinculam a comunidade escolar, família e profissionais de saúde. Portanto, a oportunidade de os adolescentes falarem, livremente, sobre as suas inquietações, dúvidas, motivações e expectativas representam importância para contribuir com o desenvolvimento de competências para o autocuidado, tendo o adolescente como protagonista do processo.

Foi evidenciado no DSC 1, que o fato do familiar apresentar formação na área da saúde, a exemplo de uma das mães que é enfermeira, possibilita que o adolescente sinta segurança em obter as respostas mais positivas às suas indagações. Assim, um estudo realizado acerca de adolescente e da família, inferiu que o maior envolvimento materno no esclarecimento de dúvidas também em questões de saúde é elucidado pelo fato de esta ser a progenitora mais presente no cotidiano dos filhos favorecendo o relacionamento entre ambos13.

Em contrapartida, ressalta-se a relevância acerca da necessidade da presença paterna para o adolescente do sexo masculino, pois o mesmo estudo demonstrou que até mesmo quando este progenitor é mais ausente fisicamente, ele passa a ser emocionalmente uma figura idealizada pelo adolescente13. Gradualmente, o papel de provedor material da família tem feito este progenitor delegar cada vez mais a autoridade masculina aos seus cônjuges, deixando de ser a figura central da família e consequentemente do estado de educação de seus filhos.

O DSC 1 também evidencia uma supervalorização por parte dos adolescentes acerca das informações disponíveis nos meios eletrônicos. Tal achado é preocupante, pois pode acarretar em déficits de comunicação pessoal e ser a única fonte de informações sobre sua vida, já que na variabilidade das fontes de pesquisa, muitas delas podem ser não seguras e desatualizadas. A questão não é desencorajar o adolescente quanto ao uso das redes sociais, mas conscientizá-lo sobre o impacto deste novo modo de interação social na atualidade.

Há relevância na participação dos pais no processo de educação para a saúde dos seus filhos. Entretanto, três estudos corroboraram a existência de casos, dos quais os adolescentes não procuram seus pais para esclarecimento de algumas dúvidas ligadas a sexualidade, por exemplo, por não acharem oportunidade para isso, pois os próprios pais não se mostram solícitos para diálogos com seus filhos, por também se sentirem inibidos pelo teor do assunto. Com essa atitude, os adolescentes podem considerar que seus pais não dispõem de conhecimentos para esses tipos de esclarecimentos, culminando na busca por outras fontes de suporte, como o uso indiscriminado da internet e em fontes inadequadas14.

Urge a necessidade de sintonizar os adolescentes com os temas desafiantes de nosso tempo, por meio de estratégias de ensino problematizadoras que envolvem a participação ampla dos sujeitos comprometidos com a aquisição de consciências mais críticas. Implica, portanto, em fortalecer o papel dos adolescentes como protagonistas na construção de propostas de autocuidado que explorem o potencial criativo e transformador característico da própria fase da juventude15.

Referente ao DSC 2 foi constatado o pouco investimento que a escola oferece no processo de educação em saúde. Do mesmo modo, a instituição possui alguns desafios em promover ações de promoção da saúde, pois se constataram poucas atividades educativas e/ou atuações extraclasses que pudessem mobilizar os conhecimentos dos adolescentes. A participação social e à promoção à saúde escolar requerem pensar em ações de saúde para esses sujeitos de forma acessível, integral, intersetorial e a partir das vivências e experiências dos próprios sujeitos16.

Alguns estudos apontam o ambiente escolar não apenas como um espaço para reprodução de conhecimentos, mas também um dos locais mais indicados para articular a educação e a saúde. É neste contexto que o indivíduo em formação deve aprender determinados hábitos e valores para melhoria na sua qualidade de vida17)- (18. O ensino em tempo integral, como é o caso da instituição onde foi realizado o estudo, propicia a aplicação do cuidado em saúde por meio do (PSE), no qual possui a perspectiva da atenção integral, prevenção, promoção e atenção à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico. O seu principal objetivo é mitigar a fragmentação que há entre os setores saúde e educação, de modo a fortalecer os conhecimentos adquiridos na escola, a fim de que os estudantes possam aplicá-los na vida extraescolar19.

No cenário escolar, a enfermagem pode contribuir com o protagonismo do adolescente no que diz respeito ao cuidado a sua saúde20. Ao desempenhar o cuidado ao adolescente, a enfermagem deve também favorecer o acesso desse grupo as ações e serviços de saúde7. Já se configura como um desafio para a enfermagem a quebra da resistência dos homens ao cuidado à sua saúde, com foco preventivo, tendo em vista que estes buscam com maior frequência os serviços de saúde de maiores níveis de complexidade21. Ao se pensar nos adolescentes masculinos, por uma questão de gênero, se entende que estes necessitam serem incentivados a aumentarem o interesse em cuidar da sua saúde, de modo que se possa alcançar melhorias frente à problemática de fragilidades no autocuidado nesta e nas posteriores fases da vida.

Ainda no conjunto de depoimentos referente ao DSC 2, foram observadas abordagens a respeito de assuntos de saúde apenas nas aulas convencionais de biologia. Verificou-se também que a escola se preocupa com a atuação voltada à saúde, prioritariamente quando é desencadeado um alerta com o surgimento de alguma patologia. Desse modo, um estudo corrobora o achado da presente pesquisa, em que os docentes apontam a prática de educação em saúde na escola com déficit de sistematização, com a realização de ações esporádicas ou quando ocorre o agravo de alguma problemática22.

Dessa maneira, cabe ressaltar que a escola, especialmente as de tempo integral, não deve restringir às ações de promoção da saúde apenas as rotineiras práticas pedagógicas, mas também em atividades pontuais com temas ligados à saúde, adotando-se uma transversalidade no campo disciplinar de assuntos interligados a saúde22. Para tanto, existem alguns marcos legais que garantem o direito à educação em saúde, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), Lei nº 9.394/1996, que regulamenta o direito à educação também como direito público subjetivo de todo cidadão. E também os parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), instituído pelo MEC, do qual defende a ideia de ir além das disciplinas escolares, a fim de desenvolver temáticas relacionadas à vida, de modo que estejam interligadas com o cotidiano dos estudantes, de modo a articular o envolvimento do tema saúde, com outras áreas do conhecimento23.

Quanto ao conceito de saúde, foi demonstrado de diversas formas no DSC 3, no qual alguns adolescentes percebem a saúde como a completude de bem-estar físico e mental, bem como a relevância de se buscar esse conceito mais amplo de saúde, por meio da adoção de práticas saudáveis.

Uma parcela dos participantes expressou que a saúde se trata apenas da ausência de agravos no corpo humano. Desse modo, é esperado que parte dos adolescentes conceituem saúde como ausência de doença, pois o espaço escolar, como verificado no DSC 2, pode interferir nesse processo quando atua em questões específicas de saúde, apenas no surgimento de uma problemática. À vista disso, verifica-se que o conceito de saúde abrange fatores que influenciam direta ou indiretamente a maneira como o indivíduo se comporta diante do contexto social o qual está inserido. Portanto, a saúde está ligada às relações sociais envolvidas na família, lazer e escola, bem como fatores ambientais e econômicos, pois é necessário que a mente e o corpo estejam em harmonia para o alcance da verdadeira qualidade de vida24.

No DSC 4 uma parcela significativa dos participantes inferiu a procura ao posto de saúde, apenas quando necessita. Esse dado é corroborado com o DSC 3 desse estudo, no qual elucida a percepção do conceito de saúde que os adolescentes possuem. Pois, uma vez que foi visto no DSC 3 que boa parte dos participantes possui como conceito de saúde, a ausência de doenças, é previsível que esse indivíduo buscasse o serviço de saúde apenas quando fosse acometido por algum agravo.

Nesse sentido, alguns estudos corroboram em inferir que a razão pela qual o homem, especialmente o adolescente, procura menos o serviço da atenção primária, se deve não apenas por questões culturais, mais especialmente por enfrentarem dificuldades de acesso a estes. Por isso, é indispensável que ao buscarem o serviço de atenção básica, este usuário se sinta acolhido e recebido por profissionais aptos a atendê-los25. Deste modo, é importante ressaltar outro estudo que revela a insatisfação de enfermeiros quanto à formação oferecida no meio acadêmico, acerca das peculiaridades que o público adolescente demanda. Estes profissionais inferem que a defasagem na instrumentalização no atendimento a esse adolescente, bem como a falta de organização de serviços específicos para atendê-los, contribuem significativamente na ausência desse público ao serviço de atenção primária a saúde26.

No que diz respeito às peculiaridades existentes na fase da adolescência e as inerentes ao gênero masculino, se expõe a necessidade do olhar para o adolescente masculino considerando essas duas vertentes. Sobre a adesão da população masculina aos serviços de atenção primária, é necessário que este público mude seus comportamentos em relação a sua saúde de modo que percebam que os serviços de saúde não só possuem a função de tratar doenças. Assim, é necessário conhecer o contexto socioeconômico e cultural da população a ser atendida, haver o preparo dos gestores e da equipe de saúde, o acolhimento, bem como a busca ativa do público masculino27.

Outro comportamento bastante evidente no DSC 4, foi a questão da alimentação inadequada. As falas dos participantes evidenciam hábitos alimentares inadequados, como a ingesta de produtos que apresentam alto teor de sódio, gorduras e carboidratos diversos. Os participantes inferiram também que a alimentação oferecida pela escola muitas vezes não é agradável ao paladar, fazendo com que eles optem por alimentos não saudáveis. Um estudo evidenciou um baixo consumo da alimentação escolar entre os alunos de ensino fundamental das escolas públicas do Brasil28. Por isso, é necessário que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), um dos maiores programas de alimentação escolar do mundo, fortaleça e invista mais na valorização da refeição ofertada nas escolas, de modo a garantir melhorias na qualidade de vida e saúde dos estudantes29.

Nesse sentido, estudiosos destacam a relevância da obtenção do conhecimento dos fatores de risco para o acometimento de agravos à saúde desses jovens. Assim, estes estudos evidenciam que os maus hábitos alimentares dos adolescentes têm refletido significativamente no avanço epidemiológico de índices precoces de sobrepeso, obesidade, carências nutricionais, dentre outras consequências, das quais culminam em doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares30.

A autoavaliação dos adolescentes quanto ao seu cuidado à saúde, expressa no DSC 5, aponta um conjunto de pensamentos e ideias expressas no tocante ao comportamento dos entrevistados relacionados aos seus hábitos e práticas, dos quais podem tonar-se fortes determinantes negativos em seu estado de saúde.

Nesse contexto, a escola se apresentou como certa barreira para que os adolescentes possam praticar exercícios físicos. Muitos dos participantes ressaltaram que o motivo de a escola ocupar os dois turnos diurnos, impossibilita a frequência em uma academia, por exemplo. Cabe ressaltar que em uma das falas, o entrevistado destaca a própria escola como não promotora de práticas de exercícios específicos para o corpo, investindo apenas em jogos, dos quais não requerem tanto esforço ou preparo físico como o desejado pelos estudantes.

Face ao exposto, foi possível verificar que os adolescentes do presente estudo, apesar de evidenciarem em sua maioria, hábitos e comportamentos inadequados no tocante ao cuidado à saúde, estes revelaram compreensão quanto à necessidade de adotarem práticas das que beneficiem e tragam satisfação a sua vida. Diante disso, torna-se inquestionável a relevância que o espaço escolar oferece no contexto de ações educativas e é nessa conjuntura que a enfermagem deve garantir o favorecimento dessas ações, bem como o fortalecimento da atenção primária.

Desse modo, quanto mais precoce for a observação dos familiares, educadores escolares e profissionais de saúde, os fatores de risco apresentados por essas crianças e adolescentes, mais direcionadas serão as intervenções. Assim, a vulnerabilidade evidenciada pelo público adolescente, em questões de saúde será mitigada e este indivíduo se desenvolverá com mais qualidade de vida e se tornará um homem ativo no seu cuidado à saúde31, durante o percurso de seus projetos de vida.

Conclusões

As questões de gênero, poder e práticas cotidianas influenciam, fortemente, a condução do cuidado à saúde e as expectativas frente às estratégias adotadas pelos profissionais. Faz-se necessário desconstruir, com os adolescentes, a ideia do gênero forte, onde é perpassado que o descuido com a saúde masculina é algo aceitável. E neste contexto, o enfermeiro dispõe de um espaço privilegiado capaz de mobilizar a comunidade escolar e fortalecer, por meio de um movimento interdisciplinar, a participação dos sujeitos para a inclusão destes temas na vida dos escolares.

Muitas vezes, o contexto de vida dos adolescentes os expõe a situações de vulnerabilidade que compromete os comportamentos em saúde. Quando se pensa no adolescente do sexo masculino, por uma questão de gênero têm-se a ideia que o descuido com a sua saúde pode também apresentar reflexos de sua geração e que este hábito pode perpassar ao longo das gerações. Nesse sentido, se reforça a pertinência de ações que favoreçam a participação mais assídua da família no processo de formação de educação em saúde do adolescente, sobretudo, os do sexo masculino. Pois o relacionamento familiar nessa fase poderá contribuir com a formação crítica do adolescente, o qual se transformará em um adulto mais consciente de seus atos no tocante ao cuidado com sua saúde.

O estudo apresentou como limitação o fato de ter sido realizado em apenas uma escola da cidade do Recife-PE, não permitindo dessa forma, generalizar os resultados obtidos. Diante disso, os autores sugerem a realização de outros estudos, que abarquem uma maior dimensão territorial e que permita relacionar a temática gênero com o comportamento de adolescentes nos processos decisórios em determinados contextos de vida, saúde e cuidado.

Declaração de conflito de interesse: Os autores declaram não haver conflitos de interesse

Agradecimentos

Aos adolescentes participantes do estudo, docentes e gestão escolar e ao Programa de iniciação científica PIBIC-CNPq-UPE, financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

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Recebido: 30 de Janeiro de 2019; Aceito: 30 de Abril de 2019

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