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Enfermería Actual de Costa Rica

On-line version ISSN 1409-4568Print version ISSN 1409-4568

Enfermería Actual de Costa Rica  n.36 San José Jan./Jun. 2019

http://dx.doi.org/10.15517/revenf.v0i36.34918 

Artículo

Acesso a informações sobre substâncias psicoativas e o consumo por agentes prisionais

Acceso a la información sobre las sustancias psicoactivas y el consumo de éstas por los agentes penitenciários

Access to information about psychoactive substances and their consumption by penitentiary agents

Vagner Ferreira do Nascimento1 

Jonathan Silva Borges2 

Juliana Fernandes Cabral3 

Ana Cláudia Pereira Terças -Trettel4 

Thalise Yuri Hattori5 

Alisséia Guimarães Lemes6 

Margarita Antonia Villar Luis7 

1Enfermeiro. Doutor em Bioética. Docente Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Campus Universitário de Tangará da Serra. Departamento de Enfermagem. Tangará da Serra-MT, Brasil. Correio eletrônico: vagnerschon@hotmail.com

2 Enfermeiro. Graduado em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Campus Universitário de Tangará da Serra. Tangará da Serra-MT, Brasil. Correio eletrônico: jhony-tga@hotmail.com

3Enfermeira. Doutoranda em Saúde Coletiva. Docente Assistente da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Campus Universitário de Tangará da Serra. Departamento de Enfermagem. Tangará da Serra-MT, Brasil. Correio eletrônico: ju_fcabral@hotmail.com

4Enfermeira. Doutora em Medicina Tropical. Docente Adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Campus Universitário de Tangará da Serra. Departamento de Enfermagem. Tangará da Serra-MT, Brasil. Correio eletrônico: enfanacnp@gmail.com

5 Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Docente Assistente da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Campus Universitário de Tangará da Serra. Departamento de Enfermagem. Tangará da Serra-MT, Brasil. Correio eletrônico: thalisehattori@gmail.com

6 Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem Psiquiátrica. Docente Assistente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Campus Universitário do Araguaia. Departamento de Enfermagem. Barra do Garças-MT, Brasil. Correio eletrônico: alisseia@hotmail.com

7 Enfermeira. Doutor em Enfermagem. Professora Titular no Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP). Ribeirão Preto-SP, Brasil. Correio eletrônico: margarit@eerp.usp.br

Resumo

O objetivo foi identificar o acesso às informações sobre substâncias psicoativas e o consumo destas por agentes prisionais. Trata-se de estudo exploratório e qualitativo. Foi realizado em umacadeia pública no estado de Mato Grosso, Brasil entre agosto e setembro de 2017, por meio de entrevista semiestruturada. Observou-se que os profissionais, em suamaioria, usam substâncias psicoativas, exclusivamente álcool e tabaco, combaixo consumo. Entre as mídiasmais utilizadas, prevaleceu a eletrônica. Verificou-se que, quanto maior tempo comalgumamídia, maior será a oportunidade de acesso a propagandas sobre substâncias psicoativas. Embora ese acesso não tenhare presentado aprendizados que auxiliem a adesão para estilos de vida mais saudáveis, sem o uso dessassubstâncias. A inclusão de atividades educativas nesseserviço permitirá que as informações sobre esas substâncias, bem como outros conteúdos importantes do cotidiano institucional ou veiculadosnas mídias impactem de forma positiva naqualidade de vida desse grupo.

Palavras chave: Detecção-do-abuso-de-substâncias; Prisões; Saúde-do-trabalhador

Resumen

El objetivo fue identificar el acceso a la información sobre sustancias psicoactivas y el consumo de éstas por agentes prisionales. Se trata de un estudio cualitativo exploratorio. Fue realizado en una cadena pública en el estado de Mato Grosso, Brasil entre agosto y septiembre de 2017, por medio de una entrevista semiestructurada.Se observó que los profesionales, en su mayoría, usan sustancias psicoactivas, exclusivamente alcohol y tabaco, con bajo consumo. Entre los medios más utilizados, prevaleció la electrónica. Se verificó que, cuanto mayor tiempo con algunos medios, mayor será la oportunidad de acceso a propagandas sobre sustancias psicoactivas. Aunque este acceso no ha representado aprendizajes que ayuden a la adhesión a estilos de vida más saludables, sin el uso de esas sustancias. Se concluye que la inclusión de actividades educativas en ese servicio permitirá que las informaciones sobre esas sustancias, así como otros contenidos importantes del cotidiano institucional o vehiculados en los medios impactan de forma positiva en la calidad de vida de ese grupo.

Palabras Clave: Detección-de-abuso-de-sustancias; Prisiones; Salud-laboral.

Abstract

Theo bjective wasto identify the accessto information about psychoactive substances and their consumption by prison agents. Thisis a qualitative and exploratory study. It was carriedout in a publicjail in thes tateof Mato Grosso, Brazil between August and Septembervof 2017, through a semi-structured interview. It was observed that professionals, for the most part, use psychoactive substances, exclusively alcohol and tobacco, with low consumption. Among the mos tused media, electronics prevailed. It has been found that the more time with some media, the greater the opportunity of Access to advertisements on psychoactive substances. Although this Access did not represent learning that supports adherence to healthier lifestyles, without the use of these substances. The inclusión of educational activities in this service will allow the information about these substances, as well as other important contents of the institutional daily or transmitted in the media, to positively impact the quality of life of this group.

Keywords: Occupational-health; Prisons; Substance-abuse-detection

Introdução

Os trabalhadores estão expostos a inúmeros riscos que influenciam sua saúde, como por exemplo, riscos físicos, químicos, ergonômicos, psicossociais e biológicos. O contato prolongado do trabalhador com tais riscos, tem provocado seu adoecimento progressivo, redução da produtividade no trabalho e consequentemente, o absenteísmo1.

Alguns trabalhadores, como os agentes prisionais que estão inseridos em ambientes sem controle rigoroso de salubridade e com infraestrutura aquém do ideal para a saúde do trabalhador, podem adoecer com maior intensidade do que outros2,3. Nesses ambientes de trabalho, seja nos centros de detenção provisória ou cadeias de segurança pública, os profissionais experimentam constantes episódios de violência entre os reeducandos, o que geralmente acentua situações de estresse e risco de vida. Além disso, esses profissionais ainda estão sujeitos aos motins e contato direto com doenças infectocontagiosas4.

Nessa perspectiva, o agente prisional no momento em que assume tal cargo passa a portar certo estigma. Este, pode não necessariamente marcar o corpo fisicamente, mas afetar a vida do trabalhador, especificamente quanto às possibilidades de interação social5.

Além disso, esses trabalhadores geralmente não possuem remuneração compatível com o serviço de alta periculosidade que desenvolvem e, por vezes, não se veem como profissionais importantes e valorizados pelo sistema prisional6. E, diante das exigências estabelecidas por essas instituições, normalmente sem dispor de condições de trabalho favoráveis, leva esse trabalhador a vários tipos de sofrimento7,8.

Frente à aceitação dessa condição de trabalho e não vendo iniciativas da gestão em propor mudanças, os profissionais iniciam um processo de negligenciamento e adoecimento9 ou ainda por não terem como prioridade o autocuidado, tendem a se preocupar menos com sua saúde e com as medidas preventivas10.

Essas circunstâncias, acabam conduzindo os profissionais a estilos de vida distantes do desejado, por vezes, na tentativa de suportar ou amenizar as demandas proporcionadas pelo próprio trabalho.11 Assim, diante dos (auto) conflitos, esses trabalhadores aceitam o consumo do álcool e/ou de outras substâncias psicoativas, como uma prática defensiva aos problemas12. E na ocorrência de utilização abusiva dessas substâncias os danos à saúde do trabalhador são significativos, o que amplia a vulnerabilidade para acidentes de trabalho, transgressões morais e impactos na dinâmica familiar, uma vez que as novas rotinas se estabelecem sem que se tenha geralmente compreensão dos familiares9.

Sendo assim, para a intervenção nesse cenário, é necessário voltar a atenção tanto às questões de âmbito ocupacional, bem como aos desdobramentos extra institucionais13. Tal direcionamento remete à indissociação do trabalho à vida pessoal, já que ambos consolidam a qualidade de vida do trabalhador11.

Paralelamente, a mídia exerce grande influência para os profissionais, que perpassa o ambiente de trabalho14. Tais impactos agem diretamente no estilo de vida e hábitos cotidianos do profissional, em especial no aumento do consumo, no uso obsessivo e na adicção14,15. Dessa forma, os conteúdos da mídia realizam modelações cognitivasque intensificam os pensamentos e emoções, na direção de comportamentos muitas vezes de acordo com os interesses dos meios de comunicação16. Há, porém, aspectos positivos no processo de midiatização, como a possibilidade de ocorrer acesso a informações sobre vida saudável, em que a incorporação desse aprendizado pode se materializar no contexto laboral e familiar. Nesse sentido, além das ações educativas realizadas pelos serviços de saúde, os meios de comunicação exercem importante papel na disseminação de saberes voltados à promoção da saúde e prevenção de agravos, em especial no controle de dependências. Todavia, a cultura predominantemente mercantilista desse setor, ao promover conteúdos que envolvem álcool e outras substâncias, podem ao invés de reduzir, despertar ou intensificar o uso.

Dessa forma, a fim de desvelar outras particularidades dessa seara, questiona-se qual a influência do acesso a informações sobre substancias psicoativas e o consumo destas por agentes prisionais? A partir disso, o estudo objetivou identificar o acesso a informações sobre substâncias psicoativas e o seu consumo destas por agentes prisionais.

Materiais e método

Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, seguindo a Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ). O estudo foi realizado com agentes prisionais em uma cadeia pública feminina no interior do estado de Mato Grosso, Brasil. Foram incluídos profissionais de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que consumissem algum tipo de substância psicoativa, com atuação maior de 12 meses nessa instituição. Foram excluídos, profissionais em período de férias, em afastamento para tratamento de saúde, qualificações ou que estivessem ausentes durante o período de coleta dos dados. Assim, entre os 16 profissionais atuantes nessa instituição, nove participaram do estudo. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a setembro de 2017. Inicialmente realizou-se reunião com a coordenação da instituição, para explanação sobre o estudo, objetivos e fases de desenvolvimento. Após essa etapa, construiu-se um calendário de visitas para familiarização no ambiente e início das entrevistas. No primeiro contato com os profissionais, houve esclarecimento sobre os objetivos e desenvolvimento da pesquisa, e em seguida foram convidados a participar voluntariamente. E, mediante à aceitação, houve agendamento da entrevista em local definido pelos participantes da pesquisa. Para a coleta de dados, empregou-se a técnica de entrevista semiestruturada, norteada por um instrumento elaborado pelo próprio pesquisador, contendo questões fechadas (aspectos sociodemográficos) e questões abertas (acesso a informações sobre substâncias psicoativas e o consumo de drogas). As entrevistas foram individuais, com duração média de 30 minutos. Os dados coletados foram organizados e transcritos, de acordo com as variáveis existentes no instrumento de coleta de dados. Posteriormente houve a consolidação e apresentação dos dados em quadros, de forma descritiva, aplicando as três etapas da análise de conteúdo propostas por Bardin: pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados e interpretações 17. Para manter o anonimato dos participantes, foram utilizadas a letra “P” para designar o participante, seguida de numeração alfa numérica para identificação dos relatos.

Considerações éticas.

O estudo compõe uma pesquisa matricial, com aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade do Estado de Mato Grosso (CEP/UNEMAT), sob nº 50417815.8.0000.5166 e parecer 1.457.621/2016, em observância a Resolução n. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Resultados

Os participantes do estudo, possuíam idade entre 28 a 46 anos, com ensino superior completo, tendo de dois a sete anos de vínculo na instituição investigada, e com residência fixa no município onde o estudo foi realizado. Entre as substâncias consumidas por estes profissionais, prevaleceu o álcool.

O tabela 1 representa as perspectivas dos profissionais da cadeia pública feminina relacionadas aos conteúdos de propagandas que veiculam conteúdos sobre substâncias psicoativas.

Tabela 1 Município do médio norte de Mato Grosso, Brasil. Perfil de profissionais e seus discursos frente às propagandas que veiculam temas sobre substânciaspsicoativas. Agosto a setembro de 2017. 

sexo Id HDUM Tipo de consumo Síntese de discursos quanto à importância das propagandas disponíveis em diversas mídias
F 28 Baixo [ ...] boas, com grandes resultados, principalmente quandofalam sobre os riscos.
F 28 Baixo [ ...] importante para conhecer os riscos e ajudar as pessoas a perceberem as possíveis consequências.
F 34 Baixo [ ...] válidas e deveriamconscientizarmais sobre os riscos.
M 35 Moderada [ ...] interessantes e importantes.
F 33 Baixo [ ...] semnecessidade, pois todos jásabem.
M 46 Baixo [ ...] eu acho que traz a proposta de orientar sobre os males, os riscos e as consequências do uso.
F 33 Baixo [ ...] na que fala dos danos ajuda a fazercom que as pessoasparem de fumar e entender seus riscos. Na propaganda que vende, faz parecer que a pessoa fica mais feliz.
F 42 Baixo [ ...] eles apresentam as pessoascom boa aparência, as pessoas são belíssimas, e as substâncias fazem mal, sãocontraditórias.
M 34 Moderada [ ...] inúteis, porque não há utilidade nenhuma.

Nota: HDMU: Hs/dia da mídiamais utilizada; Id: Idade.

Fonte: Elaboraçã oprópria.

Em relaçãoa os participantes do estudo que fazem uso de alguma substância psicoativa, hápredomínio do sexo feminino (mesmo perfil profissional da instituição), porémprevaleceu entre ambos os gêneros o relato de baixo consumo dessassubstâncias. Esses profissionais acessam os meios de comunicação, entre 1 e 10 horas aodia, e reconhecem que jáviram propagandas comconteúdo referente a substâncias psicoativas.

No tabela 1, as sínteses dos discursos demonstram que os agentes possuem percepções diferenciadas em relaçãoàs propagandas que envolvem álcool e/ou outras substâncias e assumem que a veiculação desses conteúdos àsvezes pode criar imaginários de status de grandeza e satisfação.

Entretanto, esses profissionais afirmam a necessidade e importância de propagandas focando principalmente a exposição aos riscos frente ao uso dessas substâncias.

[ ...] boas, com grandes resultados, principalmente quandofalam sobre os riscos e consequências. (P1)

[ ...] importante para conhecer os riscos e ajudar as pessoas a perceberem as possíveisconsequências. (P2)

[ ...] eu acho que traz a proposta de orientar sobre os males, os riscos e as consequências do uso. (P6)

Outros participantes do estudo consideram as propagandas sobre substâncias psicoativas sem nenhuma utilidade, conquanto são informações aparentemente já apreendidas.

[ ...] sem necessidade, pois todos jásabem. (P5)

[ ...] inúteis, porque não háutilidade nenhuma. (P9)

Alguns agentes prisionais demonstram as contradições existentes em propagandas, as quaisdispõ em de informações educativas, mas em outros momentos, volta-se somente às atividades de marketing de compra e venda.

[ ...] na que fala dos danos ajuda a fazercom que as pessoasparem de fumar e entender seus riscos. Na propaganda que vende, faz parecer que a pessoa fica mais feliz. (P7)

[ ...] eles apresentam as pessoas com boa aparência, as pessoas são belíssimas, e as substâncias fazem mal, são contraditórias. (P8)

Tabela 2 Município do médio norte de Mato Grosso, Brasil. Fontes de informação sobre substânciasbpsicoativas e consumo de drogas. Agosto a setembro de 2017. 

Mídiamais utilizada Hs/dia utilização PF Jáviram propagandas de SP Tipo O que aprendeu SP utilizada
Eletrônica 1h Telejornal Sim Não lembra Artesanato Álcool
Eletrônica 10h Filme Sim Cartaz de cigarro Conteúdo de Cursinho Álcool
Eletrônica 3h Autoajuda Sim Efeitos, como o aborto Cuidados com o corpo Álcool
Eletrônica 8h Telejornal Sim Cigarro Ensino e aprendizagem Álcool
Radiofônica 5h Telejornal Sim Doenças do pulmão Receitas Álcool
Eletrônica 1h Telejornal Sim Preventivas Receitas Álcool
Eletrônica 2h Telejornal Sim Não lembra Receitas Álcool
Eletrônica 01:30h Culinária Sim Não lembra Atividade física Álcool
Televisiva 3h Esporte Sim Bebidas Alimentação e práticas de exercícios Álcool

Nota: PF: Programas favoritos; SP: Substâncias psicoativas.

Discussão

Os conteúdos midiáticos permitem reflexões sobre os comportamentos humanos e tendem a gerar responsabilidade social no processo de educação coletiva, ao remeter a necessidade de evidenciação dos riscos à saúde como meio para fortalecer o cuidado de si e do outro. Há também concordância de que é necessário não apenas manter as propagandas veiculando riscos e estampando as consequências, mas intensificar tais medidas18.

De um ponto de vista mais amplo, as propagandas veiculadas pelos meios de comunicação se associam ao uso de substâncias psicoativas bem como aos danos que tais produtos podem causar19. Porém, a maioria dessas comunicações focam diretamente em danos mais graves que normalmente não ocorrem nas primeiras experiências de utilização da droga. Assim, essas informações não são compreendidas e não assumem caráter prioritário na vida da pessoa, ainda que tais estratégias também auxiliam para a mudança de novos hábitos. Segundo Romera20, a exposição a conteúdos publicitários, especificamente sobre bebidas alcoólicas é de certa forma um atrativo, o que poderia ser utilizado como alerta para o risco de dependência e possíveis consequências, mas o foco é tangenciado para o consumo e aos prazeres desse consumo, e por vezes, não esclarece a mensagem comumente veiculada “beba/aprecie com moderação”. E o fato de raramente se inferir a palavra "droga" ao álcool facilita a sua aceitação e veiculação21.

Um exemplo disso, são as primeiras experiências que levam ao consumo exagerado de bebida alcoólica e posterior adição das pessoas, têm ocorrido abruptamente quando há exposição diária às propagandas sobre essa temática. Sob essa influência, as experiências vão se consolidando com menosprezo aos riscos associados, por não perceberem que essas substâncias transformam as interrelações, impondo letargias ou imprudências.22 23Dessa forma, tais conteúdos podem atuar diretamente no processo de escolha frente ao uso/abuso da substância psicoativa, bem como no processo de controle24.

O marketing publicitário de álcool e outras substâncias, assemelham-se entre os países do mundo, ambos utilizam marcas, layout, slogan e tamplate que vão ao encontro de estilos de vida e cultura da população, lançando e acompanhando modas do momento. No Brasil, um exemplo disso é o aumento do consumo, associado a eventos futebolísticos e festividades culturais, como o carnaval 20,25.

Sendo assim, o distanciamento sobre os aspectos negativos relacionado às informações fidedignas em saúde ocorre devido a relevância do que é divulgado, sobretudo em relação as questões de educação em saúde26, ou seja, a estruturação que a mídia desempenha na ausência do profissional de saúde, torna-se limitada, uma vez que a educação e informação transmitida se apresenta de forma ineficiente para a educação regular do público, principalmente da massa popular 27. Um exemplo disso pode ser observado no discurso.

Nessa perspectiva, os serviços de saúde devem utilizar e aliar a comunicação midiática aos instrumentos educativos da rotina assistencial, propondo estratégias que distancie o agente prisional do contato com as drogas e/ou seu uso exacerbado, buscando a consciência crítica para a implementação de práticas de autocuidado.24,28 Para tanto, a incorporação dessas práticas em seu cotidiano exige superação de algumas necessidades pessoais e institucionais, como por exemplo: déficits no (auto) conhecimento e a própria vulnerabilidade acentuada em razão da ambiência em que está inserido29.

Nesse âmbito, a educação proposta para os estabelecimentos de privação e restrição de liberdade devem, possuir um cunho de integração por ser uma educação social que tenha como objetivo de proporcionar a emancipação das pessoas em situação de vulnerabilidade e desfiliamento social e, para tanto, assumem a organização do coletivo pela pedagogia do oprimido de Paulo Freire - uma pedagogia da contracultura carcerária, não somente àqueles em conflito com a lei, mas também os profissionais que atuam nesse espaço30,31.

Em estudo realizado no estado de Mato Grosso, identificou-se a necessidade de agentes prisionais em participar de ações educativas, de modo a contribuir para a saúde do trabalhador e melhoria do ambiente laboral, tornando-o mais harmonioso.32 Em pesquisa de âmbito nacional, substância essa realidade, ao verificar que os profissionais do sistema prisional de modo geral possuem um déficit de conhecimento sobre várias áreas, em razão da ausência de atividades de educação dentro das prisões31.

Apesar disso, existem instituições em que o agente prisional já vem sendo inserido em grupos operativos e educativos. Esses grupos possuem a finalidade de dialogar e fomentar a resolução de problemas, melhorando o acesso ao conhecimento sobre riscos e prejuízos à saúde do trabalhador, bem como meios de prevenção e controle dos fatores causadores de adoecimento33.

Para tanto, é fundamental que a gestão dessas instituições e profissionais envolvidos na promoção da saúde do trabalhador, possam explorar a utilização de programas televisivos, recortes de jornais/revistas, noticiários, facebook e filmes para esse trabalho educativo coletivo, a fim de traduzir os termos científicos dos profissionais de saúde à compreensão real do risco para o agente prisional. A linguagem do profissional de saúde, quando não adequada ao público assistido pode deixar lacunas e dúvidas34,35, impedindo o encontro do usuário com a informação adequada. No entanto, com dinâmica lúdica e criativa, os agentes podem ser acolhidos em toda sua integralidade humana, social, cultural e psíquica, refletindo na sua qualidade de vida36.

Entretanto, para a efetivação e aplicação dessas estratégias realizadas de forma dinâmica, é preciso agregar ensejos que proporcione aos participantes, sensações de descontração e alívio de tensões, e que no momento que perceberem condições de melhor ambiência, sintam-se motivados a refletir sobre novas formas de comunicação, novas relação com o ambiente e novos saberes para o desenvolvimento das atividades profissionais37. Mas, para que isso ocorra é essencial que os indivíduos sejam apoiados e acompanhados por equipes multiprofissionais, para aumentar suas habilidades e competências para aprender/compreender e superar as dificuldades relacionadas à comunicação e expressão de (in)satisfação em seu ambiente de trabalho, pois o processo comunicativo impostos por essas mídias nem sempre traduzem as necessidades individuais e coletivas38.

Alguns profissionais desqualificam a veiculação de propagandas com tais conteúdos, como se as mensagens divulgadas não trouxessem nenhum significado na rotina e na aprendizagem de novos conhecimentos. Essas percepções podem favorecer a vulnerabilidade desses profissionais, por excluírem a possibilidade de se inteirar dos elementos que julgam necessários para a prevenção de hábitos prejudiciais à saúde.

Contudo, as propagandas não perdem a essência consumista e motivadora para identificação da necessidade da pessoa no cenário publicizado25,39. Estudo conduzido no estado brasileiro de Sergipe (SE) apontou que a maioria dos jovens referem achar as propagandas sobre bebidas alcoólicas encorajadoras, porém grande parte não sente vontade de beber após assisti-las. Independentemente disso, a regulamentação direcionada à liberdade das mídias pode favorecer a redução do consumo inadequado de substâncias psicoativas21. Fatores como a resistência e a proibição a tais propagandas acontece pela forma indutiva dos comerciais, fazendo com que o público não preste atenção ao que está sendo transmitido no momento. Muitas pessoas não os apreendem, mesmo mantendo certa sintonia com eles 40.

Diante desse cenário, outras contradições também ocorrem de modo efetivo, como no cotidiano dos agentes prisionais, que proporcionalmente adoecem quanto maior for o período laboral, mesmo estando em um ambiente que é voltado para recuperação, reabilitação e ressocialização dos reeducandos, excluindo desses objetivos os trabalhadores que lidam diretamente com isso. Esses profissionais são submetidos cotidianamente a uma outra socialização devido às características próprias do trabalho, mudanças quanto à exigência de disciplina de terceiros, de si próprio, quanto à forma de falar, de se vestir, além das dificuldades em desenvolver novas relações de amizade e nos relacionamentos familiares, que podem gerar sentimentos de inferioridade1. E, talvez, em razão disso, apoiam-se em mídias como suas companhias “seguras”, práticas de lazer e fontes de conhecimento.

Essa aparente dependência dos conteúdos midiáticos subsidia o estabelecimento de uma consciência crítica importante para repensarem e julgarem quais conteúdos refletem em algum benefício para o bem-estar41, e muitas vezes, por já reconhecerem os interesses imbricados por essas propagandas dúbias, desconsideram seus efeitos.

Como apresentado no quadro 2, a mídia mais utilizada pelos participantes do estudo é a eletrônica (internet), variando de usos pontuais até longo períodos durante o dia. Os programas jornalísticos se destacaram como os preferidos pelos profissionais na grade de comunicação das mídias, porém não sendo o principal meio de acesso a informações sobre substâncias psicoativas, uma vez que, outras modalidades de programas também deram acesso a tais conteúdos.

A mídia eletrônica se efetiva principalmente através das redes sociais (facebook, instagram, twitter e outros) pelo uso de smartphones cada vez mais presentes na sociedade. Segundo pesquisadores mexicanos, não se pode subestimar o potencial dessas redes frente ao consumo de drogas, em especial quando isso ocorre por meio do facebook42, visto que a persuasão do uso do facebook influencia a adequação dos padrões sociais, logo o uso dessa rede pode trazer impactos negativos para o uso/abuso de álcool43.

Igualmente como observado no presente estudo, pesquisa realizada na Geórgia (USA) concluiu que a exposição à mídia eletrônica tem aumentado consideravelmente, enquanto a busca por material impresso ou televisivo tem obtido uma queda.44 Ainda assim, os participantes do presente estudo preferem os telejornais, possivelmente pela seriedade no seu formato e por culturalmente representar o meio mais valorizado para se buscar informações atuais dos diversos espaços da sociedade.

A notícia televisiva, como produto de uma tecnologia e uma forma cultural que comumente ocorre por meio dos telejornais, deixou de ser apenas informação para se tornar produto de um sistema que espontaneamente se adapta para se tornar mais próximo do público. Essas mídias que expõe o cotidiano das pessoas, lugares e acontecimento, em meio ao processo de convergência e intensificação de uso dos mecanismos de interação, também deixam mais evidente a associação entre a informação jornalística e o entretenimento45, o que pode ser, além dos aspectos socioculturais, um dos motivos para a maior preferência dos profissionais desse estudo. Por meio das informações jornalísticas, os aprendizados vinculados aos telejornais favorecem o contato desses profissionais com situações em tempo real, auxiliando nas atividades diárias e na compreensão de temáticas atuais46,47. Nesse contexto, a informação transmitida pelas vastas tecnologias midiáticas tem oportunizado o início de novos espaços de diálogo, permitindo a produção do conhecimento de forma que, seja educativo, contribuindo com o desenvolvimento e amadurecimento intelectual46,48.

Segundo pesquisa recente, 95% dos brasileiros afirmam que sintonizam com maior frequência os telejornais, sendo que 74% simplesmente veem, num período médio de 4 horas diárias49. Comparando com a quantidade horas por dia dos participantes do presente estudo com outro estudo47, observa-se um intervalo similar de frequência de utilização das mídias.

Observou-se também que a quantidade de horas/dia de acesso dos agentes prisionais às mídias favorece o contato com o conteúdo sobre as substâncias psicoativas, porém esse maior tempo de acesso não corresponde a maior absorção e aprendizagem sobre a temática, uma vez tais temas não são os preferidos ou de interesse por esses profissionais, consequentemente não aproveitam essas propagandas integralmente. Assim, ainda que tenham recebido informações, poucos afirmam terem construído saberes positivos voltados à prevenção do uso/abuso de drogas, bem como a promoção de qualidade de vida.

Apesar que, estudo recentemente realizado com profissionais do sistema penitenciário do estado brasileiro da Paraíba (PB), apontou que níveis maiores de escolaridade, oportunizam melhor qualidade de vida no trabalho (QVT)50. Ou seja, ainda que não tenha ocorrido a investigação da QVT entre os participantes da presente pesquisa, acredita-se que esses profissionais também possuem meios para alcance desse benefício, mesmo sob “dominação” midiática e problemas de âmbito político-institucional. Quanto maior for a exposição ao conteúdo da mídia, maior chance de possuir contato com elementos educativos, desde aqueles ligados as atividades domésticas como as atividades profissionais51. Por outro lado, muitas horas de acesso aos conteúdo midiático por dia, pode até desempenhar boas influências, mas também desencadear influências dominadoras52. Conforme observado no quadro 2, independente do tempo de exposição aos diferentes tipos de mídia, o aprendizado sobre o uso/consumo das substâncias psicoativas na saúde não teve efeito significativo. Uma das explicações pode ser o escasso número de propagandas nessa seara, bem como o significado subliminar da propaganda transmitida na perspectiva da prevenção. Outra possibilidade possa ser pelo fato do consumo dessas substâncias por esse público ser pensada como uma “válvula de escape” para os diversos problemas enfrentados cotidianamente, fazendo com que não aconteça essa vinculação de forma negativa, a curto, médio e longo prazo.

Muitas vezes, o princípio do consumo com responsabilidade social preconizado pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) parece não ser respeitado por algumas mídias, pois apresentam propagandas com cenas que sugerem a ingestão do produto, contribuindo para maior coragem pessoal, êxito profissional ou social, ou ainda que proporcione ao consumidor maior poder de sedução53.

Em consequência disso, as informações disseminadas dificilmente se mostram inibidoras da experimentação e/ou uso de substâncias psicoativas. E apesar de não haver dúvidas entre o público que essas substâncias realmente causam danos, isso não interfere na decisão de utilizá-las ou não54, agravando-se ainda mais quando se trata de profissionais do sistema prisional que se veem enclausurados e sem acesso a condições dignas de trabalho, podendo acessar substâncias psicoativas em seu cotidiano1. O consumo especificamente de álcool pode ser um meio de enfrentamento encontrado pelos trabalhadores para suplantar as adversidades e fontes de mal-estar relacionadas ao trabalho. Mas, a contravenção disciplinar quanto ao consumo de álcool no espaço laboral, os estigmas relacionados ao trabalhador que realiza o abuso de álcool, o medo desses trabalhadores em perderem o emprego são algumas das questões que os fazem esconder o consumo, bem como, muitas vezes, intensificar o uso/abuso55. Sem essa visibilidade, a vulnerabilidade desse trabalhador é ampliada, sustentando suas companhias “seguras” - o acesso à mídia eletrônica e todas possíveis repercussões da aliança (dominação versus fragilidade). Assim, a atuação dos profissionais de saúde dentro das prisões contribui para a produção de perspectivas de cuidado nas relações socais estabelecidas no local, tendo em vista que cuidar do outro vai além da lógica dos níveis de atenção à saúde ou de um procedimento técnico simplificado56. O papel do profissional de saúde nesse contexto é essencial, pois atua mediando saberes e gerenciando os conteúdos educativos de forma estratégica para superação das desigualdades existentes, que não somente os apenados estão submetidos 57.

Para tanto, o processo de educação em saúde contribui significantemente no processo de organização da cultura da instituição e funciona como um instrumento de agregação da equipe, pois através do diálogo, da formação, do levantamento de demandas e das reflexões, o gestor pode conhecer a realidade de cada servidor, considerá-las dentro das possibilidades institucionais e intervir sobre elas promovendo ao profissional melhores condições de trabalho, e que auxiliem nos problemas pessoais ou profissionais que tem comprometido sua saúde e qualidade de vida 58 .

As atividades de educação em saúde nesse contexto também podem ser pensadas à luz da educomunicação, em especial no uso das mídias para educação desses profissionais, uma vez que esse campo teórico-prático aparece como uma ação que entrelaça a educação popular e a comunicação alternativa, propício para o trabalho assistencial nas prisões 59.

Entretanto, para o enfrentamento de tamanho desafio, em busca de um caminho promissor, pode-se pensar no fortalecimento da formação de redes colaborativas, que valorizam a centralidade do trabalho na transformação humana e nas configurações do adoecimento e sua aproximação com as substâncias psicoativas. O avanço estaria em suplantar a expropriação da força de trabalho, por meio de lutas e embates e abrir espaço para a emancipação humana55.

Conclusão

Ao término do estudo, verificou-se que a maioria dos agentes prisionais da instituição investigada, consomem substâncias psicoativas, sendo o álcool a principal. Possuem acesso às informações sobre tais substâncias, mas o aprendizado sobre elas independe do tempo de exposição às mídias e preferências individuais de cada profissional. Os participantes valorizam a iniciativa das mídias em veicular conteúdos sobre drogas, mas apontam algumas contradições, como por exemplo, propagandas que exibem contextos de satisfação/prazeres e pessoas consumindo essas substâncias, o que pode ao invés de prevenir/eliminar o uso, estimular a aproximação e naturalização dessas práticas.

Além disso, a utilização de estratégias, como a elaboração de atividades educativas vinculado aos meios de comunicação, podem minimizar alguns riscos ambientais do espaço prisional, em especial para a promoção da saúde do trabalhador e distanciamento de hábitos pouco saudáveis, como o consumo de substâncias psicoativas.

Entre as limitações do estudo, destaca-se a utilização de apenas a abordagem qualitativa, impossibilitando a generalização dos dados, apesar dos achados do estudo representar importante avanço nas pesquisas com esse perfil de profissionais, dado a esse cenário ainda pouco explorado e desconhecido por muitos pesquisadores e sociedade.

Dessa forma, novos estudos dessa natureza devem ser realizados, a fim de produzir conhecimentos sobre as particularidades dos ambientes prisionais, em especial sobre a vulnerabilidade dos profissionais que atuam nesse sistema, risco para adoecer e possibilidades de intervenção.

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1Institución:Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

2Institution: University of Mato Grosso State (UNEMAT)

3Instituição: Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Recebido: 18 de Outubro de 2018; Aceito: 26 de Novembro de 2018

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