Introdução:

O álbum sem palavras caracteriza-se por uma concepção artística e visual tradicionalmente associada à primeira infância. No entanto, a evolução e a complexidade dos álbuns sem palavras exigem que os leitores de todas as idades assumam um papel extraordinariamente ativo. O envolvimento necessário dos leitores, o seu desenvolvimento editorial e a sua capacidade de transcender as barreiras linguísticas têm despertado o interesse da investigação. Objetivo. O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão bibliográfica sobre o estudo e a utilização do álbum sem palavras como recurso educativo.

Análise:

A revisão do estado da questão que se apresenta mostra essa trajetória desde a década de 70 do século XX a partir de uma abordagem holística. Assim, organiza-se e analisa-se a bibliografia académica e há uma incidência nos trabalhos recentes mais representativos de intervenção educativa.

Resultados:

A diversificação das linhas de pesquisa atuais reflete a transversalidade do álbum sem palavras. Os seus resultados revelam a sua adequação para integrar conteúdos e competências, entrelaçar disciplinas, responder às necessidades educativas especiais e desenvolver eixos curriculares transversais como a educação intercultural.

Conclusões:

As implicações da análise mostram também o problema da excessiva instrumentalização do álbum quando se prescinde da sua natureza artística e a dificuldade de transferência dos resultados da investigação para as salas de aula. Finalmente, outras linhas de pesquisa são recomendadas, como estudos que examinam as crenças e atitudes dos professores, e obras que contemplam novas tendências editoriais, como os álbuns de não ficção sem palavras.